A história da escritora que escandalizou o Brasil em 1920 — e foi apagada como quem cometeu um crime

A história da escritora que escandalizou o Brasil em 1920 — e foi apagada como quem cometeu um crime

Chrysanthème foi uma das vozes mais ousadas e incômodas da literatura brasileira no início do século 20. Escreveu sobre vício, desejo e histeria feminina com linguagem afiada e intensidade rara. Foi publicada, vendida, elogiada e, depois, meticulosamente esquecida. Neste ensaio, resgatamos a trajetória de Cecília Vasconcelos, mulher que escreveu como quem desafia a própria história — e foi apagada por isso. Seu nome não consta nos cânones literários, mas sua obra ainda pulsa como corte. Redescobri-la é lembrar que, às vezes, escrever é sangrar com método.

O melhor filme de mistério da Netflix vai fazer você se sentir um gênio… até te derrubar no último segundo Christopher Raphael / Warner Bros.

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Sherlock Holmes talvez nunca deixe de ser o detetive mais célebre da ficção. O “Sherlock Holmes” de Guy Ritchie, no entanto, tem o condão de resgatar boa parte do espírito aventureiro do personagem-título. O roteiro de Michael Robert Johnson, Simon Kinberg e Anthony Peckham trafega com desenvoltura entre esses dois polos, o do saudosismo do passado e aquele que indica um futuro muito menos glamoroso, às vezes até esticando a corda a fim de alcançar um certo frescor narrativo.

A história do escritor brasileiro que ensaiou a própria ruína e saiu de cena antes do primeiro aplauso

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Era como se escrevesse com o corpo. Ou contra ele. A língua que cuspia não obedecia à gramática dos vivos, nem dos mortos. Tinha um jeito de estar fora da sala mesmo quando era o centro da mesa. Falava atravessado, com os olhos meio fundos, meio ausentes. Ninguém sabia ao certo se estava fingindo ou dissolvendo. Talvez as duas coisas. O fato é que, quando lançou “PanAmérica”, em 1967, já parecia ter saído de si fazia tempo.

4 filmes que chegaram à Netflix nos últimos dias — do tipo que você termina e já pensa: preciso ver isso de novo Aidan Monaghan / Paramount Pictures

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Quatro filmes recém-chegados à Netflix estão chamando atenção não apenas pelo peso dos títulos, mas por algo mais raro: a vontade de assistir de novo. São produções que, mesmo conhecidas, ganham outra leitura ao reencontrar o público no streaming. O impacto é diferente, a memória também. Entre grandes épicos, ficção científica e drama político, o que une essas estreias é menos o gênero e mais o efeito: são filmes que não se esgotam no primeiro olhar. E é justamente isso que os torna tão duradouros.

Há um filme na Prime Video que transforma exagero em poesia, mentira em memória e fantasia em verdade — e é impossível assisti-lo só uma vez Divulgação / Columbia Pictures

Há um filme na Prime Video que transforma exagero em poesia, mentira em memória e fantasia em verdade — e é impossível assisti-lo só uma vez

Em “Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas”, Tim Burton tem toda a liberdade para fazer o que faz como nenhum outro diretor: inventar. Esmiuçando um tema aparentemente banal por 125 minutos, Burton conserva o interesse de  públicos variados ao abrir mão do tom gótico habitual e enveredar por uma abordagem lírica, mas não menos excêntrica e inventiva. Uma análise tão afetiva quanto engenhosa sobre como driblar a finitude.