Para o Seu Osvaldo, lá da rodoviária de Quiprocó da Serra de Santo Grande do Sul, o mundo é de uma imensidão bonita, não fossem as pessoas. Mas ele teima que para conhecer o mundo todinho não precisa nunca sair de sua cidade natal, onde nasceu, onde sempre trabalhou e onde pretende morrer e ser enterrado um dia lá no jazigo da família.
Andrea Arnold é uma cineasta britânica experiente, vencedora do Oscar pelo curta-metragem “Wasp” e diretora de filmes conhecidos, como “O Morro dos Ventos Uivantes” (2011), “Fish Tank” (2009) e “American Honey” (2016). Seus enredos costumam abordar jovens marginalizados, famílias disfuncionais, crianças e adolescentes em ambientes de instabilidade financeira e emocional. São personagens que vivem em espaços degradados, em relações familiares complexas, marcadas pela precariedade e pela necessidade de resiliência.
Em 1977, surgiu um livro inesperado na cena literária brasileira. A narrativa era um bicho estranho, porém familiar, para seus primeiros leitores. Estranho porque parecia deslocado na trajetória do mais renomado crítico e pensador do cinema nacional. O tom familiar vinha de sua escrita, ainda que inédita na ficção, que carregava o mesmo rigor analítico e a mesma ironia de seus ensaios sobre cinema e sociedade.
Lendas persistem porque se apoiam em medos cotidianos e na vulnerabilidade de quem precisa cuidar sem ter todas as respostas. Entre instituições prudentes e rituais transmitidos sem manual, o lar vira campo de disputa entre fé e pragmatismo. Nessa zona cinzenta, quem decide por outros se torna responsável por consequências que nem sempre controla.
Tarsem Singh é um cineasta indiano conhecido por comerciais e videoclipes musicais. Também dirigiu dois sucessos hollywoodianos: “A Cela” (2000) e “Espelho, Espelho Meu” (2012). Mas o filme em questão aqui é “The Fall”, longa-metragem premiado no Festival de Berlim e lançado em 2006. Estrelado por Lee Pace e pela iniciante Catinca Untaru, o filme foi completamente autofinanciado para que Singh jamais tivesse de submeter sua obra a palpites e intromissões de produtores.
