Tire as crianças da sala, porque no thriller alemão “Ilha de Segredos” acompanhamos a relação nada ortodoxa entre a professora Helena e o aluno adolescente Jonas. Enquanto a vida do rapaz está devastada por tragédias pessoais, a misteriosa professora o ajuda a superar realizando seus desejos sexuais. Mas a aproximação suspeita da mulher logo começa a se revelar um tanto quanto perigosa.
Pelo histórico da Academia Brasileira de Letras, pressupõe-se que, após a partida de Nélida Piñon, a cadeira 30, ocupada pela insigne humanista, se destine a uma candidata do sexo. Neste contexto, a meu ver, três concorrentes de expressão estão habilitadas ao postulado de imortalidade acadêmica — a historiadora Mary Del Priore; a escritora Conceição Evaristo; e a Profa. dra. Heloísa Buarque de Hollanda.
Jornalistas escrupulosos são uma espécie cada vez mais rara, como se assiste em “Refém da Verdade”. Aqui, If Chen arranca a vida como ela é de seu pedestal, soberana do destino de todos nós cá embaixo, e faz com que se misture às expectativas mais triviais dos ingênuos que ousam viver sob seus próprios auspícios, em ondas de episódios que escandalizam pela crueza.
A disputa territorial na Colômbia é pano de fundo para uma belíssima história de amizade entre cinco garotos marginalizados que vivem nas ruas de Medellín. Quando uma terra tomada da avó de um deles recebe determinação judicial para ser restituída, eles embarcam em uma aventura para recuperar o terreno e em busca da liberdade, dignidade e humanidade.
Criou-se uma falsa polêmica em torno de “Homunculus”, mas Takashi Shimizu é hábil em contorná-la. “Acusado” de carregar nas tintas do drama, pesando a mão em sua leitura do mangá de Hideo Yamamoto, Takashi Shimizu apenas se concentra nos aspectos menos óbvios da trama e oferece ao público reflexões um tanto pessoais, sim, mas nunca gratuitas ou disparatadas.
