Carolina Maria de Jesus, intérprete do Brasil

Carolina Maria de Jesus, intérprete do Brasil

Em 1960, surgiu uma escritora inesperada na literatura brasileira, por conta de sua origem social. Ninguém imaginava a existência de uma autora moradora da favela do Canindé, na cidade de São Paulo. Do meio do nada, Carolina Maria de Jesus (1914-1977) entrou para o meio literário e trouxe um olhar inédito sobre as coisas do país que, na época, vivia os anos dourados da bossa nova, da inauguração de Brasília e do slogan dos cinquenta anos em cinco de Juscelino Kubitschek.

Sua última chance de assistir: suspense com Kevin Bacon é um diamante escondido na Netflix Divulgação / Universal Pictures

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Mirando um episódio fora do comum, sobre o qual se projeta uma lupa, “A Viatura” (2015) disseca segmentos ocultos da alma do homem — de um homem em especial. O filme de Jon Watts preza por esgotar todas as possibilidades de se conhecer o que fica por trás das aparências respeitáveis de tipos como este, um verdadeiro mestre na grande arte de iludir criaturas ingênuas, até que tropeça em sua própria autoconfiança. Lances do texto de Watts e Christopher Ford explicam bem os motivos que fazem desse sujeito um vilão, sem que, por paradoxal que possa soar, deixar nada explícito.

Romance filosófico com Joaquin Phoenix na Netflix é um dos mais belos filmes de todos os tempos Divulgação / Warner Bros

Romance filosófico com Joaquin Phoenix na Netflix é um dos mais belos filmes de todos os tempos

Um filme sobre os limites do amor, sobre fins e começos de relacionamentos e sobre idealizações românticas, “Ela”, de Spike Jonze é um desabafo sobre o fim de seu casamento com Sofia Coppola. Também uma resposta ao filme da cineasta, “Encontros e Desencontros”, lançado em 2003. As duas obras, indiscutivelmente, levantam debates filosóficos riquíssimos e estão entre as mais belas joias do cinema.

Um dos filmes mais agonizantes e devastadores do século 21 está na Netflix e você não assistiu Universum / Menuet

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Girl”, o drama triste, quase trágico do belga Lukas Dhont, calam tão fundo em públicos de todas as orientações sexuais, ideologias, formações religiosas e preferências políticas devido a sua universalidade. A vida de Monsecour, hoje com 27 anos recém-completados, bailarina profissional desde os nove, sofre uma cisão quando a belga começava a descobrir-se e, como todo adolescente, necessitava apoio, cuidado, afeto e, não menos importante, instrução.