4 leituras magníficas para sobreviver (e rir) das crises existenciais

4 leituras magníficas para sobreviver (e rir) das crises existenciais

Em certos dias, sobreviver é um verbo cansado — e rir, um gesto raro, quase clandestino. Entre o abismo da dúvida e o clarão repentino de um insight, livros podem funcionar como refúgio e ironia, compasso e desatino, um abraço que ri de si mesmo enquanto a tempestade ruge lá fora. Escolher o que ler quando tudo parece demais é como acender fósforos num quarto escuro: cada chama, um caminho breve para fora do labirinto, ainda que o riso venha torto ou atrasado.

E se personagens literários usassem o Tinder? Perfis, matches e flertes de 50 clássicos da ficção

E se personagens literários usassem o Tinder? Perfis, matches e flertes de 50 clássicos da ficção

Eles sempre estiveram à mercê do destino — ora trágico, ora redentor — mas, e se por um instante, seus criadores lhes concedem a liberdade de deslizar perfis, julgar pelo retrato, fantasiar correspondências improváveis? Imagine Capitu escolhendo entre Dorian Gray e Raskólnikov, Heathcliff duelando por um match com Emma Bovary, Anna Kariênina desconfiando do perfil de Gatsby. Um teatro de intenções, carências, ironias. Aqui, o amor e o jogo se misturam: cinquenta personagens clássicos, entregues ao acaso digital, expostos ao risco de serem apenas mais um swipe.

O leitor sensível é o novo censor?

O leitor sensível é o novo censor?

Nas últimas décadas, o mundo editorial tem passado por transformações significativas, impulsionadas por mudanças sociais, políticas e tecnológicas. Uma das figuras que emergiu nesse novo cenário é a do leitor sensível, alguém contratado para revisar obras literárias sob a perspectiva de minorias e grupos historicamente marginalizados. O leitor sensível, nessa conjuntura, age como um consultor, não como um revisor técnico ou gramatical, mas como alguém que lê com foco em signos socioculturais e impactos simbólicos. Mas seus poderes são, felizmente, restritos.

Ninguém pediu, mas ele veio mesmo assim: terror adolescente que não promete nada e entrega menos ainda Alan Markfield / Netflix

Ninguém pediu, mas ele veio mesmo assim: terror adolescente que não promete nada e entrega menos ainda

Há um tipo de ilusionismo barato no cinema de terror contemporâneo que tenta se sustentar em truques narrativos exaustos — como o velho artifício de revelar o clímax logo de cara para depois arrastar o espectador por um caminho que ele já sabe onde termina. “Rua do Medo: Rainha do Baile”, mais recente incursão do universo adaptado das obras de R.L. Stine, se afoga nesse truque gasto, incapaz de transformar antecipação em ansiedade.

Os 7 maiores suspenses já escritos — e por que ainda assombram leitores

Os 7 maiores suspenses já escritos — e por que ainda assombram leitores

Sete romances atravessam séculos e estilos para provar que o suspense literário é vasto — inquieta tanto no silêncio psicológico quanto no choque do crime, na dúvida ética ou na ameaça sem rosto. Essas obras exploram a angústia de quem investiga e de quem é investigado, ora mergulhando no abismo da mente, ora na névoa dos labirintos sociais ou históricos. São livros que não se rendem ao previsível: preferem a inquietação ao conforto, o enigma à resposta, a dúvida à ordem estabelecida.