Decidi escrever este texto após minha mais recente queda (quase escrevi “última”, mas preferi ser mais preciso). Meu plano era escrevê-lo após a próxima queda, para que estivesse mais fresco na memória, mas como ainda não caí novamente, resolvi escrever de qualquer maneira, como uma homenagem aos terapeutas que cuidam de mim, que cuidam de nós.
Segredos podem preservar vidas, mas ninguém vive inteiramente de segredos. Em “Jason Bourne”, dirigido por Paul Greengrass, seguimos David Webb, um agente especial em busca de sua verdadeira identidade, enfrentando perdas e traumas. Baseado na obra de Robert Ludlum, o filme mergulha em um mundo hostil, onde Bourne, interpretado por Matt Damon, navega entre aliados duvidosos e inimigos implacáveis, explorando os limites da sua humanidade e resiliência.
“20 Dias em Mariupol” revela o horror devastador da invasão russa à Ucrânia através da lente do jornalista Mstyslav Chernov. Em uma narrativa chocante e visceral, o filme documenta a tragédia de uma cidade sitiada e os impactos brutais sobre seus habitantes. Com uma visão íntima e incisiva, Chernov expõe a realidade sangrenta e o genocídio silencioso que devastou Mariupol, chamando a atenção global para uma crise humanitária sem precedentes.
A inexpressividade marmórea de Statham, um rosto (e um corpo) já bastante conhecidos do público em enredos como este, realçam na medida o caráter eminentemente viril de “Carta Selvagem”. O filme de Simon West fala a uma maldade em estado bruto, mas judiciosa, que eleva a violência essencial que existe em cada um de nós à condição de refinado mecanismo que nos permite continuar no jogo.
O iraquiano-dinamarquês Fenar Ahmad entrou para o clube dos admiradores de homens desditosos, mas justos, com “Darkland” (2017), contando a história de um médico bem-sucedido cujo irmão caçula é assassinado numa disputa entre gangues. Seis anos depois, Zaid, esse homem descorçoado ao termo de uma longa batalha por justiça, está também ele imbricado no submundo de Copenhague, até parar na cadeia, saga maldita que Ahmad esmiúça em “Darkland: O Retorno”, com direito a toda violência de uma legião de espíritos fragmentados.
