O romance é um dos gêneros mais amados do público, porque une emoção, intensidade e dilemas universais e que atravessam gerações. A Revista Bula encontrou na HBO Max algumas obras que exploram o amor em sua força transformadora e em sua inevitável fragilidade. Encontramos histórias que vão do realismo da dor cotidiana até fantasias que desafiam o espaço e o tempo.
Durante a Grande Depressão, dois jovens deixam o tédio e a precariedade para buscar dinheiro fácil e reconhecimento. A escolha inicia uma cadeia de decisões que desafia a polícia, testa lealdades e transforma encontros casuais em compromissos fatais. O filme investiga como imagem e notoriedade passam a valer tanto quanto o dinheiro roubado, e como a pressa para viver sem amarras encurta o tempo de reação.
Em 1999, M. Night Shyamalan se tornou um cineasta conhecido por causa de seu maior sucesso, “O Sexto Sentido”. O filme, que traz uma reviravolta inquietante, se tornou um fenômeno e foi indicado a nada menos que 6 estatuetas do Oscar, incluindo melhor direção e roteiro original. A fama de Shyamalan se consolidou no ano seguinte, quando lançou “Corpo Fechado”, primeiro da Trilogia Eastrail 177. Ambos os filmes foram reverenciados pela crítica e público, além de terem sido estrelados por Bruce Willis.
Francis Ford Coppola retorna ao universo Corleone para examinar a tentativa de um patriarca de converter crime em respeitabilidade sem perder o controle dos laços que o sustentam. O filme adota uma linha clara de causa e efeito e examina como escolhas antigas reconfiguram alianças, negócios e afetos. A narrativa gira em torno de risco, tempo e sucessão, com a história comprimindo décadas de violência em uma corrida por legitimação.
Casamentos são contratos de que os envolvidos podem desobrigar-se quando quiserem, diz a certa altura Lucy Mason, a personagem central de “Amores Materialistas”. No mais recente filme de Celine Song não há espaço para ligeirezas, ainda que a diretora-roteirista esgrima com toda a graça os assuntos incômodos que quer botar à mesa. Song é, sem dúvida, uma das realizadoras mais criativas e inteligentes de Hollywood, o que fica mais e mais evidente cena após cena deste drama romântico intenso, ao longo do qual não tem nenhum pejo de estraçalhar ilusões pequeno-burguesas a respeito do mais avassalador (e humano) dos sentimentos.
