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O filme premiado que rendeu um processo de 100 milhões de dólares — e está entre os melhores da Netflix Divulgação / Netflix

O filme premiado que rendeu um processo de 100 milhões de dólares — e está entre os melhores da Netflix

Num Irã em que o tecido social se ancora na opressão moralizada, um serial killer que estrangula prostitutas com o próprio hijab recebe apoio popular enquanto uma repórter luta para expor a verdade. “Holy Spider” tensiona brutalidade, fanatismo e conivência institucional para desmontar a hipocrisia de um regime onde o moralismo assassina em nome da fé e transforma algozes em heróis venerados por um sistema que se alimenta da submissão.

A obra-prima de Krzysztof Kieślowski chegou ao Reserva Imovision — uma aula sobre amadurecimento e solidão Divulgação / Miramax

A obra-prima de Krzysztof Kieślowski chegou ao Reserva Imovision — uma aula sobre amadurecimento e solidão

“A Dupla Vida de Véronique” configura-se como uma espécie de preâmbulo ao que Krzysztof Kieślowski (1941-1996) pretenderia com os filmes que vieram a constar de seu currículo, como se comprova na poética e surpreendente trilogia das três cores, “Azul” (1993), “Branco” (1994) e “Vermelho” (1994). Aqui, Kieślowski assume uma postura muito distinta da aura sagrada daquele conjunto, mas preserva o expediente de lançar mão de metáforas e símbolos, o que realça o aspecto passional de sua produção.

Considerado o melhor filme da história, obra-prima revolucionou o cinema e está na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Considerado o melhor filme da história, obra-prima revolucionou o cinema e está na Netflix

Sob a superfície envernizada de um épico mafioso, “O Poderoso Chefão” oculta um estudo minucioso sobre os mecanismos silenciosos do poder e a erosão paulatina da integridade em nome da sobrevivência. Francis Ford Coppola não se contenta em retratar o submundo do crime: ele o molda como uma extensão retorcida das instituições sociais, onde família, honra e obediência substituem as leis escritas por pactos de sangue e códigos tácitos.

Filme na Netflix mistura Agatha Christie, Hitchcock e máfia — e já foi chamado de O Pequeno Poderoso Chefão Divulgação / Focus Features

Filme na Netflix mistura Agatha Christie, Hitchcock e máfia — e já foi chamado de O Pequeno Poderoso Chefão

Num ateliê de corte milimétrico e silêncios calculados, um alfaiate britânico exilado em Chicago conduz seu ofício como um jogo de xadrez emocional. Cercado por mafiosos e segredos, transforma agulhas em armas simbólicas e tecidos em disfarces. O filme tensiona cada gesto com significado oculto, revelando que, às vezes, o perigo veste paletó bem ajustado e fala em voz baixa.

Jenna Ortega estrela filme ousado no Prime Video — o romance proibido que gerou debate na internet Zac Popik / Lionsgate

Jenna Ortega estrela filme ousado no Prime Video — o romance proibido que gerou debate na internet

Há filmes que provocam não por aquilo que mostram, mas pelo silêncio que insinuam. “A Garota de Miller”, de Jade Halley Bartlett, é um desses raros casos em que o verdadeiro impacto da narrativa está nas margens daquilo que é dito — ou, mais precisamente, na maneira como se escolhe dizer. Distante de qualquer leitura simplista sobre envolvimentos impróprios entre aluna e professor, o longa mergulha num território muito mais complexo: a gramática da manipulação afetiva, as simetrias imperfeitas do desejo e a desconcertante sofisticação do controle disfarçado de vulnerabilidade.