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Um pesadelo hedonista: o terror com Christian Bale, na Netflix, que deixaria Baudrillard sem palavras Divulgação / Lionsgate

Um pesadelo hedonista: o terror com Christian Bale, na Netflix, que deixaria Baudrillard sem palavras

Há algo de deliciosamente repulsivo em “Psicopata Americano”. O filme é um espelho de corpo inteiro que reflete não o monstro, mas o espectador. Nós, com nossos sorrisos bem treinados, nossas vidas editadas em filtros e nossas angústias embrulhadas em sacolas de grife. Patrick Bateman não é um psicopata isolado em sua torre de vidro; é o filho mais fiel de um capitalismo que devora a si mesmo em busca de sentido. Ele mata, sim, mas antes disso, consome, e é devorado.

O Prime Video esconde o suspense mais perturbador do século Divulgação / MGM

O Prime Video esconde o suspense mais perturbador do século

Adaptado do romance homônimo de Thomas Harris, “O Silêncio dos Inocentes”, marcado pela atuação diabólica de Anthony Hopkins, quase tomou outro rumo. Gene Hackman detinha os direitos autorais e chegou a cogitar dirigir e protagonizar o filme. Depois de alguns impasses, Jonathan Demme foi definido para seguir na batuta, enquanto Hopkins foi o nome escolhido para interpretar Hannibal Lecter.

O slasher que voltou para fazer você pular da poltrona, na HBO Max Divulgação / Columbia Pictures

O slasher que voltou para fazer você pular da poltrona, na HBO Max

O novo remake de “Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado” cumpre exatamente o que se propõe: resgatar a experiência central do slasher adolescente dos anos 1990 e transplantá-la para uma nova geração com mínima interferência no cerne narrativo. Diferentemente de tentativas recentes de reimaginar clássicos, aqui não há pretensão de elevar o gênero a uma reflexão existencial ou inovar em termos de linguagem cinematográfica; a obra entende seu valor e suas limitações, concentrando-se na execução precisa do que define seu público-alvo.

O suspense mais perturbador do ano está na HBO Max — boa sorte dormindo depois Divulgação / New Line Cinema

O suspense mais perturbador do ano está na HBO Max — boa sorte dormindo depois

A questão que impulsiona “A Hora do Mal” não é simplesmente o desaparecimento simultâneo de crianças em uma pequena cidade da Pensilvânia, mas o colapso silencioso de um pacto social que todos acreditam indestrutível: o de que nossas vidas são governadas pela lógica, pela causalidade e pela proteção recíproca. Quando esse acordo se desfaz, sem aviso, sem motivo, sem negociação, o medo não é uma reação emocional, mas um diagnóstico: o mundo deixou de fazer sentido.