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Edward Zwick resgata, em “Tempo de Glória”, uma face esquecida da Guerra Civil Americana: a bravura dos soldados negros do 54º Regimento. Liderados pelo jovem coronel Robert Gould Shaw, interpretado por Matthew Broderick, eles enfrentam preconceitos internos e externos em uma luta por liberdade e dignidade. Com atuações impactantes de Denzel Washington e Morgan Freeman, o filme une história e emoção em uma narrativa visualmente poderosa e reflexiva.

“First They Killed My Father” não se limita a contar uma história pessoal, mas posiciona a tragédia cambojana dentro de um panorama global. A retirada das tropas americanas do Sudeste Asiático, após o término da Guerra do Vietnã, criou um vácuo de poder que rapidamente foi preenchido por forças autoritárias. A omissão dos Estados Unidos, justificando sua ausência sob argumentos financeiros e morais, contribuiu para o genocídio cambojano, que vitimou cerca de 25% da população, entre 240 mil e 300 mil civis.

Em “O Resgate do Soldado Ryan”, os conceitos de coragem, sacrifício e humanidade são revisitados sob uma lente crua e profundamente emocional. O roteiro de Robert Rodat emprega o soldado Ryan como um símbolo multifacetado: ele não é apenas um homem a ser resgatado, mas uma ideia maior sobre o que significa preservar o que resta de humanidade em meio à brutalidade. A escolha do título é significativa, evocando não apenas um retorno físico, mas também uma jornada de redenção e propósito.