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Entre as 10 maiores bilheterias do mundo em 2024, a franquia mais longa da história do cinema chegou ao Max Divulgação / Max

Entre as 10 maiores bilheterias do mundo em 2024, a franquia mais longa da história do cinema chegou ao Max

Até onde pode ir uma franquia? Não se veem muitas diferenças entre “King Kong vs. Godzilla” (1962), dirigido pelo próprio Honda, e este “Godzilla e Kong: O Novo Império”, a não ser, claro, as invenciones tecnológicas de que Adam Wingard lança mão para capturar a atenção das plateias de hoje. Produto dos 37 filmes anteriores protagonizados pelo lagarto titânico, esse kaiju dos mais aclamados pela cultura pop, “O Novo Império” é uma boa tentativa de Wingard quanto a abordar temas atuais mantendo o personagem em evidência, ainda que perceba-se aqui e ali o andamento farsesco da história.

Hipnotizante e brilhante: Brad Pitt em 124 minutos inesquecíveis, na Netflix Francois Duhamel / 20th Century Studios

Hipnotizante e brilhante: Brad Pitt em 124 minutos inesquecíveis, na Netflix

Em uma viagem que combina introspecção e espetáculo visual, o filme traça a jornada de um homem confrontando o passado enquanto explora os limites do universo e da própria alma. A direção de James Gray e a atuação visceral de Brad Pitt criam um retrato complexo e profundamente humano, enquanto a fotografia de Hoyte van Hoytema transforma a vastidão do espaço em um palco para as questões mais íntimas da existência.

Inspirado em Stanley Kubrick e Francis Ford Coppola, ficção científica com Brad Pitt é diamante para os olhos na Netflix Francois Duhamel / 20th Century Studios

Inspirado em Stanley Kubrick e Francis Ford Coppola, ficção científica com Brad Pitt é diamante para os olhos na Netflix

Gray e o corroteirista Ethan Gross moldam um protagonista cheio de paradoxos: um explorador do desconhecido que carrega consigo o fardo de uma humanidade excruciante. Diferente de Mark Watney, o otimista sobrevivente de Matt Damon em “Perdido em Marte”, McBride é guiado por uma determinação fria e pragmática, mas que, a cada passo, revela suas fragilidades mais profundas. Pitt interpreta essa dualidade com maestria, oscilando entre o controle quase sobre-humano e momentos de vulnerabilidade desarmante. Enquanto isso, Gray conduz a narrativa com equilíbrio, evitando cair em sentimentalismos fáceis, mas sem deixar de imprimir à trama uma dimensão emocional poderosa.

O filme assistido por 491 milhões de pessoas desde o lançamento e que continua batendo recordes chegou à Netflix Divulgação / Columbia Pictures

O filme assistido por 491 milhões de pessoas desde o lançamento e que continua batendo recordes chegou à Netflix

Entre dilemas adolescentes e ameaças globais, Peter Parker encara o peso de ser o Homem-Aranha, ao mesmo tempo que anseia por uma vida comum. Com um roteiro que explora humor, ação e conflitos internos, Jon Watts entrega um espetáculo envolvente, onde Tom Holland dá vida a um herói vulnerável, mas resiliente, em meio a efeitos impressionantes e relações complexas que tornam esta aventura memorável.

O filme que todas as pessoas deveriam assistir no primeiro dia do ano Divulgação / Fox Searchlight Pictures

O filme que todas as pessoas deveriam assistir no primeiro dia do ano

Um dos diretores mais ambiciosos da história do cinema, Terrence Malick deseja com “A Árvore da Vida” chegar ao mais oculto do espectador, e para isso desce ao fundo de si mesmo. Malick, um cavoucador das próprias lembranças, parece estar sempre em busca de algo que o desafie, e acha num enredo quase banal um tesouro. O pulo do gato em seu minucioso roteiro é tentar persuadir quem assiste de que a história daquela família — e, por extensão, a sua — poderia muito bem ser a história de qualquer um e, por que não?, a da humanidade mesma.