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Está escondido na Netflix — e é um dos filmes mais sinceros já feitos sobre crescer Divulgação / Miramax

Está escondido na Netflix — e é um dos filmes mais sinceros já feitos sobre crescer

Kevin Smith abandona o sarcasmo enciclopédico para observar responsabilidades, luto e reconciliação com uma ternura discreta. Em “Menina dos Olhos”, a paternidade single e a mudança de ambição moldam uma comédia dramática sobre presença e prioridade. Sem correria de referências, o filme aposta em diálogos simples, observação do cotidiano e atuações contidas, com Ben Affleck e Liv Tyler em registros afáveis.

O filme na Netflix que é um abraço na alma e carinho no coração Divulgação / Warner Bros.

O filme na Netflix que é um abraço na alma e carinho no coração

“Boys on the Side” começa como uma comédia de estrada, se desenrola como um drama íntimo e termina como um delicado tratado sobre amizade, perdão e sobrevivência. O que poderia ser apenas um relato sobre três mulheres cruzando os Estados Unidos se torna um retrato surpreendentemente honesto sobre a vulnerabilidade e a força feminina diante de um mundo que insiste em testá-las.

Thriller político que acaba de chegar à Netflix e não vai te deixar piscar por 108 minutos Divulgação / TriPictures

Thriller político que acaba de chegar à Netflix e não vai te deixar piscar por 108 minutos

“Um Fantasma na Batalha” dirigido e roteirizado por Agustín Díaz Yanes, é um estudo sobre o esvaziamento humano provocado pela lealdade cega. Ambientado entre o final dos anos 1990 e o início dos 2000, no País Basco, o longa acompanha Amaia, uma agente da Guarda Civil espanhola infiltrada por mais de uma década no grupo separatista ETA. O disfarce, inicialmente profissional, transforma-se em uma prisão psíquica onde o que está em jogo já não é a vida, mas a integridade da própria consciência.

Brutal, poético e inspirado em Hamlet: o épico viking que está na Netflix Divulgação / Focus Feature

Brutal, poético e inspirado em Hamlet: o épico viking que está na Netflix

Há algo de ancestral em “O Homem do Norte”. Não apenas por sua ambientação viking ou pelo rigor com que Robert Eggers reconstrói uma era perdida, mas pela forma como o filme se comporta como um mito em combustão. Cada quadro parece gravado em pedra, como se o cinema, essa arte efêmera, tentasse ser eterno por um instante. E é justamente esse embate entre o humano e o arcaico, entre a carne e o símbolo, que faz do longa uma experiência visceral e hipnótica. O que se vê não é apenas uma história de vingança: é um ritual fílmico sobre o preço de obedecer à própria lenda.

Mais de 400 indicações a prêmios e 2 estatuetas do Oscar: o melhor filme de Tarantino está na Netflix Andrew Cooper / Sony Pictures

Mais de 400 indicações a prêmios e 2 estatuetas do Oscar: o melhor filme de Tarantino está na Netflix

“Era uma Vez em… Hollywood” é o tipo de filme que parece rodar em câmera lenta dentro da cabeça do espectador, como uma lembrança que se nega a ir embora. Tarantino não faz aqui uma ode ao passado, mas um sonho lúcido sobre o que poderia ter sido. A Hollywood de 1969, reinventada por sua lente, é menos um cenário e mais um estado emocional: um lugar onde a luz dourada do entardecer encobre o medo de que a festa acabou e ninguém percebeu. Tudo respira nostalgia e decadência, mas com o charme insolente de quem ainda acredita que o show pode continuar.