Cercada por desafios e limitações, Catarina Parr assume um papel estratégico como regente da Inglaterra enquanto enfrenta um casamento opressivo com Henrique 8º. Em “O Jogo da Rainha”, Karim Aïnouz explora as tensões e aspirações dessa mulher que, entre dilemas íntimos e políticos, luta por autonomia. Alicia Vikander brilha na pele de uma protagonista que resiste às adversidades de um período implacável.
Clint Eastwood entrega uma última obra reflexiva e provocativa com “Jurado Nº2”, explorando o drama de tribunal através de dilemas morais e personagens marcantes. Justin Kemp, interpretado por Nicholas Hoult, esconde segredos profundos enquanto enfrenta o peso do julgamento. Com um elenco afiado e um roteiro que desafia convenções, Eastwood convida o público a questionar ética, poder e verdade num possível adeus ao cinema.
Após a Guerra Civil Americana, “Deadwood” surge como um retrato das feridas de um país dividido e em reconstrução. No ano de 1889, em meio ao avanço das ferrovias e da emancipação de Dakota do Sul, a cidade se torna palco de disputas por poder, romances impossíveis e batalhas morais. Sob a direção de Daniel Minahan, a narrativa renasce vibrante, resgatando personagens icônicos e dilemas universais.
Na convergência entre tragédia e excentricidade, “Dogman” retrata um homem que encontra nos cães um refúgio e, paradoxalmente, sua ruína. Caleb Landry Jones oferece uma performance inquietante como Doug, um sobrevivente de abusos que transforma seus traumas em estratégias de sobrevivência. Sob a direção de Luc Besson, a história desafia convenções ao explorar a relação entre solidão, loucura e conexões improváveis.
Uma das grandes forças de “Maid” é sua capacidade de abordar a violência psicológica – uma forma de abuso muitas vezes subestimada. O roteiro retrata como Alex, interpretada com profundidade por Qualley, se sente presa em um ciclo de controle emocional que não deixa marcas visíveis, mas corrói sua autoestima e liberdade. Essa abordagem amplia a discussão sobre o que significa estar em um relacionamento abusivo, desafiando o espectador a reconhecer que o sofrimento não se limita ao físico.
