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O filme de ação mais eletrizante da Netflix para o seu fim de semana Divulgação / Netflix

O filme de ação mais eletrizante da Netflix para o seu fim de semana

Dotando seu trabalho de ritmo, guinadas muitas vezes artificiosas, mas tecnicamente irrepreensíveis, referências metalinguísticas pouco óbvias e, sobretudo, humor, o tailandês Wisit Sasanatieng faz de “Ladrões de Ouro” o resgate de uma trama desconhecida pelos ocidentais, mas digna de filme. Levando a termo uma proposta ousada, Sasanatieng e os corroteiristas Weeravat Chayochaikon e Pipat Jomkoh esmiúçam os ardis de um grupo de rebeldes que desafia o exército nipônico para assaltar um trem carregado com uma fortuna. E, claro, coisas estranhíssimas acabam por acontecer.

O romance da Netflix que todos estão assistindo — e que vai destruir seu coração em mil pedaços Divulgação / Freestyle Releasing

O romance da Netflix que todos estão assistindo — e que vai destruir seu coração em mil pedaços

Há filmes que preferem o rumor das marés às certezas proclamadas. “2 Corações”, de Lance Hool, recorta desse rumor um desenho de sobrevivências e coincidências que se reconhecem sem alarde. A câmera de Vincent de Paula detém-se numa ilha luminosa a ponto de ferir a vista; no brilho, um narrador jovem anuncia uma história que começa antes dele e, portanto, fora de qualquer domínio. Não há pressa de cumprir o que se promete. O filme trabalha com a paciência dos rituais, com respirações longas e com a hesitação de quem sabe que felicidade sem fissura pertence ao laboratório das ideias. O romance veste sua fábula com tecido humano: tempo, carne e equívoco.

O filme mais esperado do último ano acaba de estrear na Netflix e é um espetáculo cinematográfico Divulgação / Warner Bros.

O filme mais esperado do último ano acaba de estrear na Netflix e é um espetáculo cinematográfico

As primeiras imagens convocam mais do que horizonte e vento; convocam uma geografia moral. A areia não apenas cobre, ela julga, arrasta, conserva. Em Arrakis, tudo é custo: a luz que ofusca, as especiarias que seduzem, a fé que toma corpo. O filme prefere o intervalo ao discurso, a sugestão ao sermão. E, no entanto, o rumor de guerra cresce sob a superfície como vibração teimosa. Um jovem avança entre presságios e brechas, aprende a respirar no deserto, negocia com a própria crença.

Inspirado em livro vencedor do Pulitzer, um dos filmes mais intensos da história do cinema está no Prime Video Divulgação / 2929 Productions

Inspirado em livro vencedor do Pulitzer, um dos filmes mais intensos da história do cinema está no Prime Video

O filme se abre como quem respira depois do incêndio: não há chamas, apenas o ar queimado. Tudo o que importava foi reduzido ao contorno do que já não é, e a câmera parece recolher o pó com paciência, como se recolher fosse ainda uma forma de cuidado. Não se pede explicações; pede-se, quando muito, um inventário do que restou: passos, vigilância, uma conversa quase sem linguagem.

Um dos melhores suspenses do século chegou discretamente à HBO Max — e é provável que você nem saiba Divulgação / Paramount Pictures

Um dos melhores suspenses do século chegou discretamente à HBO Max — e é provável que você nem saiba

É possível dizer que “Zodíaco” constitui um tratado sobre as ideias malditas e a verdade como um bálsamo que alivia, mas nem sempre cura. Adaptado do livro-reportagem de Robert Graysmith, sensação em 1986, o roteiro de James Vanderbilt detalha os assassinatos em série não solucionados do Assassino do Zodíaco, um criminoso que ganhou o noticiário na São Francisco do final dos anos 1960 e início dos 1970, e David Fincher faz desse relato de fascínio pelo horror um enredo amplo o bastante para estender-se a abismos muito mais fundos da alma humana.