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Emma Thompson transforma pequeno drama em uma obra-prima, na Netflix Divulgação / Hulu

Emma Thompson transforma pequeno drama em uma obra-prima, na Netflix

Entre os inúmeros desafios que uma atriz pode enfrentar, poucos exigem tamanha entrega quanto dar vida a uma personagem cuja vulnerabilidade não se limita ao físico, mas se estende ao psicológico e ao emocional. Emma Thompson, em “Boa Sorte, Leo Grande””, assume esse risco com maestria, oferecendo uma atuação que escapa de fórmulas convencionais e se firma como um dos retratos mais complexos e genuínos de sua carreira. No papel de Nancy Stokes, uma ex-professora que, após décadas de repressão e insatisfação conjugal, decide explorar sua sexualidade ao contratar um acompanhante, Thompson entrega uma performance que equilibra com precisão humor, desconforto e um anseio silencioso por libertação.

Joaquin Phoenix entrega alma e coração em atuação em drama inspirador no Prime Video Divulgação / Amazon Studios

Joaquin Phoenix entrega alma e coração em atuação em drama inspirador no Prime Video

Poucas produções conseguem abordar a complexidade de uma trajetória pessoal sem cair nas armadilhas do sentimentalismo previsível. “Não se Preocupe, Ele não Irá Tão Longe a Pé”, no entanto, escapa dessa armadilha ao construir uma narrativa que equilibra emoção, humor ácido e uma estrutura desafiadora. Sob a direção de Gus Van Sant, o filme transcende o formato tradicional de biografias inspiradoras ao reconstituir a jornada de John Callahan, cartunista tetraplégico que redescobriu sua identidade por meio da arte e da sobriedade.

Se você não resiste às comédias dos irmãos Coen, não perca ao filme recém-chegado ao Prime Video, que é uma mistura de “Fargo” e “O Grande Lebowski” Divulgação / Nine Stories Productions

Se você não resiste às comédias dos irmãos Coen, não perca ao filme recém-chegado ao Prime Video, que é uma mistura de “Fargo” e “O Grande Lebowski”

A proposta do filme dialoga com narrativas que exploram personagens ordinários lançados em situações extraordinárias, evocando ecos de “O Grande Lebowski”. No entanto, enquanto a obra dos irmãos Coen encontra força na sagacidade e na construção meticulosa de personagens, este filme, embora ambicioso, esbarra em limitações evidentes. O humor negro se apoia no absurdo das situações e na sucessão de desentendimentos entre os personagens, sem recorrer a exageros explícitos. Essa escolha confere um ritmo particular à comédia, mas a ausência de um fio condutor mais incisivo enfraquece o impacto final.

Mistura delicada e sensível de comédia e drama: o filme que é uma verdadeira terapia para a alma, na Netflix Divulgação / Meta Film Stockholmy

Mistura delicada e sensível de comédia e drama: o filme que é uma verdadeira terapia para a alma, na Netflix

Uma família fragmentada por feridas antigas, distanciamentos irreparáveis e perdas que deixaram marcas profundas dificilmente se apresenta como um cenário propício para leveza. No entanto, este filme desafia expectativas ao equilibrar melancolia e humor com uma sensibilidade rara. A história se constrói em meio a laços desgastados, ressentimentos não verbalizados e uma resistência coletiva em aceitar mudanças. O desenvolvimento dos personagens não segue atalhos ou reviravoltas, mas se desenha organicamente, conforme cada um enfrenta suas próprias dores e passa a enxergar o outro com mais humanidade.

Se há uma história de amor que todos deveriam assistir, ela acaba de chegar à Netflix Divulgação / Dreamworks Pictures

Se há uma história de amor que todos deveriam assistir, ela acaba de chegar à Netflix

Em meio ao caos emocional que separa a vida da morte, dois desconhecidos se encontram de maneira inusitada. Um homem devastado pelo passado descobre que sua nova casa já tem dona—ou pelo menos a lembrança dela. Entre diálogos espirituosos e momentos de vulnerabilidade, nasce uma conexão que ignora explicações lógicas, mas se ancora na única certeza possível: o amor nem sempre segue as regras do mundo real.