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Começa como distração, termina como conforto. Às vezes, é só disso que a gente precisa. Na Netflix Divulgação / Atresmedia Cine

Começa como distração, termina como conforto. Às vezes, é só disso que a gente precisa. Na Netflix

Sob o verniz leve de uma comédia romântica, esconde-se um retrato agudo da instabilidade emocional contemporânea. “Gente que Vai e Volta” aborda as falhas silenciosas da vida adulta com sutileza e precisão, seguindo uma arquiteta em colapso que redescobre seus limites longe do cenário idealizado. Patricia Font constrói uma jornada íntima sobre fracasso, reinvenção e escolhas que sangram em silêncio.

Do mesmo diretor de Anora, a comédia mais inteligente (e deliciosamente errada) da Netflix para maiores de 18 Divulgação / A24

Do mesmo diretor de Anora, a comédia mais inteligente (e deliciosamente errada) da Netflix para maiores de 18

Num retrato ferozmente irônico da América de 2016, Sean Baker constrói uma fábula áspera sobre carisma tóxico, oportunismo e a estética do fracasso. “Red Rocket” acompanha um ex-ator pornô que retorna à cidade natal como parasita emocional, transformando ruínas pessoais em espetáculo. Sem buscar redenção, ele explora cada relação como palco, num país que recicla escombros com entusiasmo cínico.

Perfeito para um domingo chuvoso: o romance que vai te convencer a não sair de casa, na Netflix Giulia Parmigiani / Netflix

Perfeito para um domingo chuvoso: o romance que vai te convencer a não sair de casa, na Netflix

Entre colinas ensolaradas e ruelas de paralelepípedos, “La Dolce Villa” se desenrola como um cartão-postal da Itália, mas também como um reflexo de um fenômeno social contemporâneo: o leilão de propriedades rurais abandonadas por valores simbólicos. O cenário, que exala o charme da arquitetura da era eduardiana e a riqueza histórica de um país que se vende como destino idílico, acaba se tornando o verdadeiro protagonista.

Drew Barrymore e Hugh Grant no tipo de comédia romântica que cura qualquer bad. Tá na Max Divulgação / Warner Bros.

Drew Barrymore e Hugh Grant no tipo de comédia romântica que cura qualquer bad. Tá na Max

Reunindo um popstar fora de época e uma escritora acidental, esta comédia romântica dribla o lugar-comum ao transformar a nostalgia em terreno fértil para a autocrítica e o afeto. Sem fingir originalidade onde ela não existe, o filme explora com inteligência as rachaduras da fama e o improviso do amor, compondo, entre ganchos melódicos e silêncios constrangedores, algo mais sincero que o esperado.

Precisa de um respiro? Essa comédia romântica no Prime Video pode salvar sua semana Divulgação / Amazon Prime Video

Precisa de um respiro? Essa comédia romântica no Prime Video pode salvar sua semana

Num mercado saturado por fórmulas mornas e romances plastificados, esta comédia dirigida pela mexicana Analeine Cal y Mayor surpreende ao cruzar leveza narrativa com provocações nada superficiais. O que começa como uma sátira sobre fracasso literário evolui para um embate entre repressão e desejo, tradição e reinvenção. Mais do que rir, o filme convida a repensar os limites da autoria, da identidade e do prazer.