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A proposta de retratar afetos juvenis com verniz de realismo nem sempre resulta em profundidade. Este filme investe em uma narrativa contida, que evita exageros emocionais e aposta na naturalidade das interações. No entanto, sua timidez formal e apego a fórmulas já conhecidas diluem qualquer potencial de inovação, tornando a experiência segura, mas esquecível — um retrato que hesita entre o sincero e o superficial, sem assumir inteiramente nenhum dos dois.

Nem sempre é o desamor que separa duas pessoas — às vezes, é o excesso de lucidez. Neste retrato afiado da intimidade moderna, um possível romance entre uma escritora avessa a vínculos e um pai solo revela os limites entre o desejo de compartilhar a vida e o impulso de preservá-la intacta. Em Copenhague, o afeto é testado na arena silenciosa das escolhas que ninguém quer fazer, mas que definem o que se pode ou não construir a dois.