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O filme mais subestimado do Prime Video — e que definitivamente vale a pena assistir Divulgação / Lionsgate

O filme mais subestimado do Prime Video — e que definitivamente vale a pena assistir

A comédia dramática dirigida por Stuart Blumberg observa o cotidiano de pessoas que tentam manter a sobriedade sexual enquanto retomam trabalho, afeto e confiança. O filme acompanha reuniões em grupo, pactos de rotina e recaídas que cobram preço alto. A narrativa prioriza causa e efeito: uma mensagem não respondida derruba uma confiança, uma mentira curta vira risco longo. O foco recai em como decisões privadas, muitas vezes silenciosas, redefinem vínculos familiares e amorosos e encurtam o prazo de reparo.

O filme no Prime Video que prova que inteligência também usa rosa-choque Divulgação / Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)

O filme no Prime Video que prova que inteligência também usa rosa-choque

A comédia costuma ser subestimada quando se avalia o impacto cultural de um filme. “Legalmente Loira”, lançado em 2001, poderia facilmente ter sido reduzido a entretenimento descartável, destinado somente a reafirmar estereótipos populares. No entanto, o longa protagonizado por Reese Witherspoon ocupa um espaço peculiar na discussão sobre gênero, classe e reconhecimento social.

O olhar delicado de Ang Lee sobre Jane Austen que rendeu um Oscar e está na Netflix Divulgação / Columbia Pictures

O olhar delicado de Ang Lee sobre Jane Austen que rendeu um Oscar e está na Netflix

Há algo deliciosamente anacrônico em assistir “Razão e Sensibilidade” hoje, como se abríssemos uma janela para um mundo em que a emoção usava espartilho e o decoro ditava até o ritmo das lágrimas. O filme de Ang Lee, com roteiro de Emma Thompson, não é apenas uma adaptação fiel de Jane Austen: é um duelo refinado entre a contenção e o desvario, entre o que se sente e o que se ousa dizer. E talvez seja justamente essa tensão, essa hesitação entre o que pulsa e o que se permite, que faz dele um dos retratos mais humanos já filmados sobre a linguagem do afeto.

A lógica do absurdo: por que obra com Joaquim Phoenix, na Netflix, é o melhor filme niilista que você ainda não viu Divulgação / Sony Pictures

A lógica do absurdo: por que obra com Joaquim Phoenix, na Netflix, é o melhor filme niilista que você ainda não viu

Woody Allen talvez seja o último romântico do niilismo. Em “O Homem Irracional”, ele se diverte, e se confessa, na pele de um filósofo atolado em angústia, cuja lucidez virou anestesia. Abe Lucas, vivido por Joaquin Phoenix, é um professor que carrega na barriga o peso de suas dúvidas existenciais e na mente a insolência de quem leu demais para acreditar em qualquer salvação.

Brad Pitt e o sublime colapso da elegância em alta velocidade em thriller de ação na Netflix Divulgação / Columbia Pictures

Brad Pitt e o sublime colapso da elegância em alta velocidade em thriller de ação na Netflix

Há algo deliciosamente anacrônico em ver Brad Pitt, aos sessenta e poucos, correr por um trem japonês a trezentos por hora como se a vida dependesse da coreografia. Talvez dependa. “Trem Bala” não pretende ser realista, e justamente por isso funciona. David Leitch, aquele ex-dublê que aprendeu a transformar quedas em narrativa, constrói um espetáculo que é menos sobre ação e mais sobre a estética do colapso.