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Em “O Pior Vizinho do Mundo”, Marc Forster usa a comédia dramática para investigar luto, envelhecimento e pertencimento em um bairro de classe média. A partir de um viúvo rabugento interpretado por Tom Hanks, o filme acompanha a colisão entre regras rígidas e relações imprevistas. Remake americano de uma história sueca baseada em romance de Fredrik Backman, a obra aposta em humor melancólico e situações cotidianas para mostrar como um homem à beira da desistência volta a enxergar sentido no convívio.

Desafortunadamente, nem todo mundo consegue vencer os inimigos que cria, observação angular no ótimo “As Loucuras”. Rodrigo García compõe um drama episódico, com larga margem para situações engraçadas, iluminando discussões sobre identidade, perdas e ganhos, arrependimentos e, claro, até que ponto resiste a saúde mental durante a jornada. As mulheres que protagonizam as sequências elaboradas por García lidam com expectativas desumanas por parte da família, as costumeiras pressões sociais e um certo desajuste, que, no pior caso, degringola em problemas com a lei.