Em “Desaparecidas”, Ron Howard se insere no panteão de diretores que exploraram o faroeste americano, ao lado de nomes como John Sturges, Sergio Leone e Lawrence Kasdan. Baseado no romance “The Last Ride” (1995), de Thomas Eidson, o filme subverte algumas convenções clássicas do gênero ao colocar no centro da trama Magdalena “Maggie” Gilkeson, interpretada por Cate Blanchett.
Agora, sob a direção visionária de Denis Villeneuve, “Duna” ressurgiu como um épico cinematográfico de proporções inéditas. Na primeira parte desta saga, Villeneuve equilibra silêncio e contemplação, criando um universo onde a Terra é apenas uma lembrança longínqua, mas as questões abordadas permanecem universalmente relevantes. Em um futuro tão distante quanto enigmático, “Duna” explora temas como poder, religião, ecologia e tecnologia, tecendo paralelos com dilemas contemporâneos.
A vida é um enigma repleto de paradoxos. Em meio às reviravoltas que nos lançam ao desafio da sobrevivência, um instinto primitivo nos força a lutar contra a brutalidade do mundo e nossos próprios fantasmas — mágoas, remorsos e abandonos. Nesse teatro existencial, somos levados a vestir máscaras de agressividade, enquanto a esperança, por mais oprimida que esteja, se infiltra nas brechas da desilusão. Em “The Cloverfield Paradox”, a narrativa conduz o espectador por essa luta ancestral, mas sob um cenário futurista: a iminente escassez de energia, uma crise planetária e o desejo de domínio político.
A travessia de Rick Baker pela selva neozelandesa não é apenas uma jornada física, mas uma odisseia de redenção, amor e descobertas. Nas mãos habilidosas de Taika Waititi, o desajuste social se transforma em uma saga envolvente e irônica sobre pertencimento e compaixão, repleta de críticas sociais ácidas e ternura inesperada.
Em “Calibre” (2018), uma caçada nas Terras Altas escocesas se torna uma descida à brutalidade humana. O filme não é apenas um suspense, mas um ensaio sobre escolhas erradas, consequências fatais e a fragilidade das relações humanas.
