Autor: Helena Oliveira

O melhor filme de ação da Netflix neste fim de semana. E ponto final Divulgação / Sony Pictures

O melhor filme de ação da Netflix neste fim de semana. E ponto final

Helena Oliveira
Por Helena Oliveira
em Filmes

Ignorando a tentação de se tornar uma peça nostálgica ou um manifesto revisionista, “Bad Boys para Sempre” reinventa sua própria fórmula ao transformar o peso do tempo em matéria dramática e cômica. Não tenta parecer maior do que é — e justamente por isso, alcança uma honestidade rara no gênero. A ação ainda explode, mas agora com a consciência de quem já aprendeu a rir da própria pose, sem perder o senso de espetáculo e afeto que sustentou a franquia.

Se jogue no sofá com um balde de pipoca: comédia romântica feita para relaxar, na Netflix Divulgação / Sony Pictures

Se jogue no sofá com um balde de pipoca: comédia romântica feita para relaxar, na Netflix

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Há filmes que não pedem licença para existir — apenas se sentam ao nosso lado no sofá e, sem prometer nada além de companhia, cumprem exatamente o que propõem. “Tudo em Família” habita esse território despreocupado onde o entretenimento leve não precisa justificar sua presença com grandes viradas ou discursos edificantes. Em vez de tentar disfarçar sua simplicidade sob o véu da sofisticação, o longa abraça o lugar-comum com certo orgulho, oferecendo ao espectador uma pausa sem exigências, mas não sem méritos.

Não é estrelado por The Rock. Não tem explosão no pôster. Mas é o melhor filme de ação da Netflix hoje Divulgação / Netflix

Não é estrelado por The Rock. Não tem explosão no pôster. Mas é o melhor filme de ação da Netflix hoje

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Em “O Atirador: Missão Secreta”, o veterano Brandon Beckett enfrenta não apenas inimigos armados, mas as engrenagens corrompidas de um sistema que sabota seus próprios agentes. Ao se infiltrar numa rede de tráfico humano com conexões institucionais e tentáculos que se estendem até a alta administração federal, o sniper descobre que a verdadeira guerra não se trava com fuzis, mas entre ordens dúbias, lealdades frágeis e verdades ocultas por conveniência.

Johnny Depp em seu papel mais estranho. Tim Burton em seu momento mais brilhante. A Netflix trouxe de volta esse delírio visual Divulgação / Paramount Pictures

Johnny Depp em seu papel mais estranho. Tim Burton em seu momento mais brilhante. A Netflix trouxe de volta esse delírio visual

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Tim Burton retorna à mitologia gótica com um mergulho sombrio e hipnotizante em “A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça”, onde razão e superstição colidem em uma atmosfera sufocante. Ambientado no final do século 18, o filme transforma um conto clássico em uma experiência visual de intensidade perturbadora, guiada por um detetive cético que tropeça no inominável — um homem em busca de respostas que talvez só existam nos domínios da loucura.

Mais que um filme, uma verdadeira aula de história — na Max Divulgação /Quiddity Films

Mais que um filme, uma verdadeira aula de história — na Max

Helena Oliveira
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Há histórias que não desapareceram com o tempo — apenas foram sufocadas até que o silêncio as tornasse convenientes. “Os Colonos”, longa dirigido por Felipe Gálvez Haberle, irrompe como um gesto de insubordinação à historiografia conivente, escavando as entranhas de um passado que nunca foi, de fato, enterrado. Mais do que uma representação de eventos, o filme estrutura-se como uma confrontação: não a respeito de episódios isolados, mas da lógica institucional que os sustentou — e que, disfarçadamente, persiste.