Autor: Giancarlo Galdino

Crítico literário no Brasil virou relações públicas de editora

Crítico literário no Brasil virou relações públicas de editora

Críticos literários são uma espécie em extinção. Figuras centrais na mediação entre a obra literária e o leitor, gente como Sílvio Romero (1851-1914), José Veríssimo (1857-1916) e até recentemente Antonio Candido (1918-2017) desempenhou na crítica literária papel de formação — e não só na literatura. Tornar-se-ão os influenciadores os novos críticos literários? E o mais fundamental: em que medida isso irá mexer com a qualidade dos livros e do refinamento estético e da importância mesma da literatura? Muitas perguntas.

Por que a Flip virou o Lollapalooza do ego literário

Por que a Flip virou o Lollapalooza do ego literário

Há duas décadas, desde sua criação em 2003, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) consolidou-se como um dos principais encontros literários do Brasil e da América Latina. Idealizada pela editora inglesa Liz Calder, a Flip surgiu com o objetivo de juntar escritores, leitores e o pensamento crítico. Mas com o passar dos anos, o que era um espaço de celebração da literatura tornou-se, quase sempre, uma passarela de vaidades. O escritor de hoje não pode mais apenas escrever: ele precisa performar. Coube a este modesto ensaísta o triste diagnóstico.

O filme mais assistido da Netflix no Brasil atualmente Divulgação / Netflix

O filme mais assistido da Netflix no Brasil atualmente

“Rua do Medo: Rainha do Baile” é mais uma prova de que filmes de terror nunca perdem a força. A direção segura de Matt Palmer, bastante tarimbado no gênero, volta à série para tentar oferecer ao público alguma explicação plausível quanto à onda de crimes barbáros que varre Shadyside. Diferentemente das três produções anteriores, “Rainha do Baile” baseia-se num dos livros da aclamada série de terror para jovens adultos de R.L. Stine, publicada desde 1989 — o que também não faz do trabalho de Palmer nada que já não tenha sido feito muitas e muitas vezes antes.

7 séries para maiores de 18 que você pode (e talvez deva) ver na Netflix em 2025 Aline Arruda / Netflix

7 séries para maiores de 18 que você pode (e talvez deva) ver na Netflix em 2025

As séries de televisão têm ocupado papel central no entretenimento, moldando discussões e impactando a forma como nos vemos. Entre os diversos gêneros, são aquelas com enredos para maiores de dezoito anos as que ganham cada vez mais espaço e reconhecimento. Nas séries adultas está a vida como ela é, com todos os seus dilemas, falhas, erros e belezas. É o que se comprova nessa lista, com as sete séries para gente grande que têm dado o que falar, cada vez mais numerosas num mercado sem medo de polêmica.

7 livros com ego maior que o número de páginas

7 livros com ego maior que o número de páginas

Admita-se ou não, a vaidade está presente em quase todos os campos da arte, mas na literatura ela toma proporções especialmente delicadas. Muitos escritores, ansiosos por parecerem inovadores ou profundos, acabam sacrificando a clareza e, por vezes, até a essência de um texto. Os oito escritores desta lista padecem de uma afetação em múltiplas formas, às vezes nem devido ao que intentam comunicar, mas pelas ideias que acabam por aflorar da interpretação do que quiseram dizer.