Autor: Giancarlo Galdino

Recordista de bilheteria, filme na Netflix te manterá na ponta do sofá, sem desviar o olhar, por 114 minutos Divulgação / Focus Features

Recordista de bilheteria, filme na Netflix te manterá na ponta do sofá, sem desviar o olhar, por 114 minutos

O roteiro de “Deixe-o Partir”, adaptação do diretor Thomas Bezucha para o romance homônimo do americano Larry Watson publicado em 2013 pela Milkweed Editions, encadeia uma sucessão de acontecimentos funestos, um mais rápido que o outro (muitas vezes rápido demais). A forma como Bezucha conduz seu filme, mantendo o vigor narrativo da pena de Watson, autoriza toda a sorte de devaneios, mas só quem manteve contato prévio com a obra do escritor pode saber a extensão da loucura por trás dessa história.

Um dos filmes mais alucinantes do cinema está na Netflix e não te deixará desviar o olhar por duas horas Divulgação / Paramount Pictures

Um dos filmes mais alucinantes do cinema está na Netflix e não te deixará desviar o olhar por duas horas

Christopher McQuarrie não deixa tão claro o que pretende com seu “Missão: Impossível: Efeito Fallout” (2018), que além da comoção habitual que alcança muito mais que as plateias já afetas a tramas dessa natureza, serve de genuíno libelo contra a incurável ganância do homem, aqui em busca de um recurso mineral que pode minar de vez as já precárias condições de sobrevivência na Terra.

O filme subestimado da Netflix que não te deixará piscar Divulgação / Netflix

O filme subestimado da Netflix que não te deixará piscar

O personagem vivido por Franck Gastambide em “Um Dia Difícil” quiçá também encarnasse, como o protagonista de Al Pacino no filme de Sidney Lumet (1924-2011), o avesso do sistema, mas por recear ser neutralizado pela banda podre — e convenientemente entregue a suas seduções —, começa a pautar sua conduta pelo cinismo pragmático de minimizar os efeitos de qualquer possível contratempo num ofício cheio de altos e baixos.

O filme existencial fascinante, da Netflix, que você não assistiu, mas deveria Rolf Konow / SMPSP

O filme existencial fascinante, da Netflix, que você não assistiu, mas deveria

Tipos como o personagem central de “Um Homem de Sorte” fazem da pobreza, cujo opróbrio só ele mesmo conhece, o combustível para dobrar a vida a seu talante, malgrado nunca torne-se tão próspero quanto pensa merecer. Num drama ácido, corrosivo, e que escandaliza por também ser belo, o dinamarquês Bille August apresenta ao público a alma torturada que protagoniza seu filme.

O filme que todas as pessoas deveriam ver, ao menos duas vezes na vida, está na Netflix Divulgação / Columbia Pictures

O filme que todas as pessoas deveriam ver, ao menos duas vezes na vida, está na Netflix

A infância é um tempo especialmente bom para se falar das mudanças que se nos vão anunciar ao longo da vida, e em “Conta Comigo”, Rob Reiner dispõe de uma boa medida delas a fim de levar o espectador por um passeio ora sereno, ora atribulado aos meandros das primeiras experiências de quatro meninos, o que nunca descamba para o simplório e muitas vezes acaba refutando também o belo e mesmo o lúdico.