Autor: Giancarlo Galdino

Ganhador do Festival de Cannes, a obra-prima que consagrou Cate Blanchett está na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Ganhador do Festival de Cannes, a obra-prima que consagrou Cate Blanchett está na Netflix

Todo mundo já escutou considerações sobre o tal efeito borboleta, que prega um elo muitas vezes invisível entre causas e consequências as mais insólitas ligando fatos diversos. Essa é a única razão para se admitir como plausível o que se vê em “Babel”, uma junção de três histórias sobre coincidência, destino, (má) sorte e as opressivas infelicidades que nos reserva o existir, para gente comum ou para espíritos destacados do resto da pedestre humanidade, cheios de uma luz interior que as livra de situações invencíveis para os simples mortais — até que a engrenagem que segura a máquina se arruína.

Último filme da franquia de suspense e terror mais famosa do cinema acaba de estrear na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Último filme da franquia de suspense e terror mais famosa do cinema acaba de estrear na Netflix

Stu Macher e Billy Loomis, os assassinos da série “Pânico”, continuam aprontando. Em “Pânico 6”, Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett requentam alguns dos mistérios de “Pânico 5”, tomando o cuidado de deixar uns Easter eggs, umas pistas — verdadeiras ou não — ao longo do caminho. James Vanderbilt e Guy Busick, por seu turno, seguem com rigor as coordenadas do minucioso texto original de Kevin Williamson, outra razão da boa fortuna dessas produções.

90 minutos de risadas garantidas: o filme mais engraçado e divertido que você assistirá este mês na Netflix

90 minutos de risadas garantidas: o filme mais engraçado e divertido que você assistirá este mês na Netflix

Em “Morte no Funeral”, Neil LaBute fala da morte apelando ao nonsense, trocando o sinal empregado por Frank Oz no remake do filme britânico de 2007 de mesmo título. Nada aqui faz muito sentido — como a própria morte para muita gente, aliás —, e, em sendo assim, o diretor inclui em sua versão da história toda a bizarrice que consegue, tratando de dar-lhe algum lastro de banal normalidade.

Ganhador da Palma de Ouro no Festival de Cannes, filme europeu, que foi aplaudido de pé nos cinemas, está no Max Divulgação / Imovision

Ganhador da Palma de Ouro no Festival de Cannes, filme europeu, que foi aplaudido de pé nos cinemas, está no Max

Um homem é forçado a peregrinar por repartições públicas implorando para ser atendido numa questão banal. Sim, o argumento central de “Eu, Daniel Blake” é Kafka na veia, tão dramático e um tanto menos casmurro que “O Processo” (1925), publicado postumamente, à revelia do último desejo do tcheco, morto um mês antes de completar 41 anos, em 1924. O roteiro de Paul Laverty balança de um patente descrédito de tudo para os inesperados alívios cômicos que aproximam o protagonista do espectador, e então qualquer um é capaz de sentir sua agonia, o grande trunfo de Ken Loach.

O último filme de Antoine Fuqua, com Denzel Washington, vale a assinatura do Max Divulgação / Columbia Pictures

O último filme de Antoine Fuqua, com Denzel Washington, vale a assinatura do Max

Robert McCall parecia ter sumido do mapa, mas estava apenas dando um tempo numa vila isolada da Sicília. Assim começa “O Protetor: Capítulo Final”, com uma das sequências mais aterradoras do cinema nos últimos seis anos, quando Antoine Fuqua levou à tela o segundo filme da série, já pródigo das cenas em que Susan Plummer, a melhor amiga e ex-colega de trabalho de McCall, é executada por gângsteres no decorrer da investigação de um assassinato na Bélgica.