Abel Ferrara explora o pensamento de Camus em um filme imperdível e enigmático no Prime Video
Ethan Hawke diz que vamos gostar de “Zeros e Uns”. É compreensível. O filme de Abel Ferrara tenta equilibrar-se por entre uma abordagem metalinguística e uma metralhadora de teses acerca da degenerescência humana, de como fomos nos acostumando com a indiferença para os desvalidos, a ganância cínica dos políticos, a inépcia das forças de segurança, todos braços do fascismo, essa serpente que as sociedades pós-modernas teimam em aninhar em seu seio, talvez porque já inebriadas pelo veneno.