Autor: Giancarlo Galdino

Estreou hoje na Netflix: a comédia perfeita pro fim de semana — vai te fazer gargalhar Divulgação / Paramount Pictures

Estreou hoje na Netflix: a comédia perfeita pro fim de semana — vai te fazer gargalhar

Ao rir do proibido, o espectador é instado a reconhecer a arbitrariedade em que se ampara uma legião de falsos heróis, desesperados por qualquer brecha para conquistar o coração das gentes e destruí-lo. Poder-se-ia dizer que filmes como “A Ressaca 2” tem uma função catártica, fustigando os costumes com o riso; entretanto, o diretor Steve Pink não demonstra aqui o mesmo esmero que o observado em “A Ressaca” (2010), sinal de que fórmulas calculadas tem suas limitações.

O melhor documentário de 2025 acabou de chegar na Netflix — e ninguém tá falando disso Divulgação / Netflix

O melhor documentário de 2025 acabou de chegar na Netflix — e ninguém tá falando disso

O empenho de Seymour Myron Hersh em expor os abusos das tropas de Lyndon B. Johnson (1908-1973) durante a Guerra do Vietnã (1955-1975) rendeu-lhe um Pulitzer, e é um dos pontos altos de “Seymour Hersh: Em Busca da Verdade”, retrospecto minucioso da carreira de um profissional que mudou o conceito de reportagem investigativa. No documentário, a diretora Laura Poitras e o produtor Mark Obenhaus formulam hipóteses para explicar o sucesso de Hersh, personagem a um só tempo tão comum e raro.

Poucos filmes retratam a solidão moderna com tanta ternura: esta comédia romântica argentina está na Reserva Imovision Divulgação / Sundance Selects

Poucos filmes retratam a solidão moderna com tanta ternura: esta comédia romântica argentina está na Reserva Imovision

Prédios antigos e novos, baixos e altos, uns colados aos outros, bagunça conceitual que interfere no jeito de ser dos portenhos, segundo Gustavo Taretto, o diretor do ótimo “Medianeras: Buenos Aires da Era do Amor Virtual”, tece seus comentários acerca de um jeito argentino (e muito particular) de viver a partir da arquitetura de sua cidade, mas seu filme não é só isso. Taretto aproveita-se da fotografia de Leandro Martínez para capturar a alma encantadora das ruas da capital argentina, estabelecendo uma profusão de tons, luzes e, principalmente, sombras. O começo de uma trama bizarramente adorável.

Na 5ª temporada, Emily em Paris ainda encanta, mas já não empolga como antes Giula Parmigiani / Netflix

Na 5ª temporada, Emily em Paris ainda encanta, mas já não empolga como antes

Emily Cooper está amadurecendo — e isso é péssimo. Na quinta temporada, nota-se que a protagonista de “Emily em Paris” vem deixando de ser a garotinha ingênua de cinco anos atrás e ficando mais atirada, mais sagaz, mais cínica. Os moradores da Cidade Luz serviram-lhe de inspiração para uma série de mudanças, e a mocinha parece ter enfim aprendido a desvendar alguns códigos de uma sociedade predatória, tornando-se também uma farsante.

Se existe um filme para ver no dia de Natal, é a obra-prima de Frank Darabont — está na HBO Max Divulgação / Warner Bros.

Se existe um filme para ver no dia de Natal, é a obra-prima de Frank Darabont — está na HBO Max

Desprezado ao estrear, “Um Sonho de Liberdade” envelheceu ao contrário: ficou mais nítido. Frank Darabont, então novato em longas, adapta Stephen King para contar o confinamento de Andy Dufresne, banqueiro inocente que precisa aprender a sobreviver sem ceder à brutalidade da prisão. A narrativa, conduzida por Red, transforma códigos de cela em debate sobre honra, dignidade e esperança. Ao trocar suspense fácil por observação moral, o filme segue encantando. E lembra que, sem reconhecimento, a virtude vira apenas mais dor.