O TikTok tem formado mais leitores do que a escola: um sintoma do fracasso do sistema educacional contemporâneo
Fui um menino de sorte. Minha mãe era bibliotecária do colégio em que estudava, e durante as férias, em mais de uma ocasião, desfrutei da chance de ir para a escola. Estranho, não? Mas era assim mesmo. Já tenho idade para socorrer-me da expressão “no meu tempo”. Pois bem, no meu tempo, era na escola, onde, mais que decodificar letras e fonemas para compor vocábulos e interpretar texto, aprendia-se a tomar gosto pelos livros. Não é de hoje, todavia, que observa-se um fenômeno curioso.