A mulher que queria conquistar o mundo
A primeira vez que a viu foi num show do Paulinho Pedra Azul. Violão, voz e carpete azul. E quem perdeu a fala foi ele, ao se deparar com um par de pernas leitosas a lhe apontarem e que — de tão alvas — deixavam a lua absolutamente constrangida. Aquele inusitado arsenal de armas brancas o coagia: “Respira fundo e pula comigo!”. A música, a pele, o mistério, aquele incontestável cheiro de futilidade contaminada com fertilidade, tudo era mais que um convite para que saltasse no seu decote. Então, ele mergulhou fundo nela, mas o romance não deu pé. Tanto assim que quase morreu afogado de tanto blues e Bloody Mary.





