Autor: Carlos Willian Leite

Sócrates: quando a Democracia calçou chuteiras

Sócrates: quando a Democracia calçou chuteiras

Chamava-se Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. Corria pouco e via antes. O estádio aprendia seu atraso e respirava. A bola aceitava a luz baixa daquele olhar. A infância guardou livros, quintais, rádio de pilha. Depois vieram jaleco, assembleias, gestos que escreveram uma palavra maior. No Estádio de Sarriá, beleza e ferida. Em Florença, um nome que não esfriou. Na última manhã, silêncio e punhos erguidos. Ficou a lição simples e rara: estender a mesa, desacelerar o minuto, devolver ar às pessoas. E lembrar: coragem sabe pedir cuidado.

Os 7 melhores livros brasileiros de 2025, até agora

Os 7 melhores livros brasileiros de 2025, até agora

Um país respira pela boca da linguagem. No azulejo da cozinha, na nave da igreja, no arquivo guardado em caixas úmidas, na sala de aula onde a atenção vacila, na janela azul que aproxima e separa. Há um pulso antigo que não cessa e um presente que pede nome. Entre a infância que hesita e o corpo que negocia seus limites, a poesia afia a escuta e a prosa recolhe indícios.

Ler é morrer um pouco e voltar outro

Ler é morrer um pouco e voltar outro

Uma cidade desperta e, entre persianas e passos, leitores atravessam páginas como quem atravessa outra pressão de ar. No ônibus, no sebo, na escola, no hospital, em casa e na biblioteca, a leitura desloca ângulos, aperta músculos discretos, ensina o nome exato de um cheiro. Não consola; afina. Entre tarefas e urgências, ela grava pequenas cicatrizes e redesenha perímetros: impede um grito, autoriza um riso, desalinha o mundo de leve e aprofunda quem o vê.

Os 11 maiores atores da história do cinema: a seleção suprema

Os 11 maiores atores da história do cinema: a seleção suprema

Esta lista organiza onze atores no sistema 4-3-3, adotando a linguagem tática do futebol como ferramenta comparativa para o cinema. Concebida por um historiador e um físico, ela posiciona temperamentos de tela em funções de jogo, quem ancora, quem organiza, quem rasga espaço. Os critérios são explícitos: impacto histórico, amplitude de registro, precisão técnica, potência de imagem e capacidade de alterar o tempo interno de um filme.

O melhor romance brasileiro de 2025 (até agora)

O melhor romance brasileiro de 2025 (até agora)

Um romance-dossiê que aproxima Machado de Assis do mito gótico de Drácula, “Quincas Borba e o Nosferatu” confirma o talento de Edson Aran em cruzar tradição e risco criativo. A montagem de cartas, relatórios e diários substitui o narrador onisciente por múltiplas vozes em atrito, transformando dúvida em suspense. Quincas Borba vira investigador, Brás Cubas falha com ironia e Capitu assume desejo e ação em um Rio Imperial vivo.