Era 29 de dezembro de 2001. O país segurou o ar. Ela tinha 39. Depois, o luto virou coro e o Brasil seguiu cantando Cássia Eller
Entre sal, concreto e vento seco, a história de Cássia Eller se revela pelo corpo em cena e pelo silêncio do bastidor. O palco respira: a voz grave, sem enfeite, convoca plateias, erra e recomeça, aprende a medida do risco. Do circuito de bares ao “Acústico MTV”, do Rock in Rio à sala de estar, o timbre encontra canções-abrigo e parceiros de lapidação. Após a partida, fica a curva que ela abriu: consolo que provoca, coragem sem pose, presença que segue escutando em casas, ruas e fones atentos. Por perto.






