Autor: Amanda Silva

7 livros mais citados em perfis do Tinder do que em discussões sérias

7 livros mais citados em perfis do Tinder do que em discussões sérias

Há livros que nasceram para ser lidos com o corpo inteiro, sublinhados à margem, mastigados por dentro. Mas há os que, nos últimos anos, têm sido apenas exibidos — como senha de suposta profundidade, selo de respeitabilidade emocional, pose cultural. Estão nos perfis de encontros, mas não nas conversas. Citados, mas raramente sentidos. Esta seleção reúne títulos que perderam, em parte, sua temperatura original. Não por culpa própria, mas porque se tornaram ícones deslocados: mais presentes no desejo de ser lido do que na leitura real.

Breves, brutais, brilhantes: 5 livros que acertam no osso

Breves, brutais, brilhantes: 5 livros que acertam no osso

Há livros que se arrastam por centenas de páginas, e não dizem nada. E há outros, mais raros, que bastam de uma só vez — poucos parágrafos, uma cena, uma imagem, e pronto: algo se moveu. São os textos que não esperam ser decifrados; acertam. Sem pedir licença, sem explicar demais. Essa seleção não busca a complexidade ornamental, nem a sofisticação que só impressiona quem tem medo do vazio. São livros curtos, sim. Mas quando acertam, não erram por pouco: vão direto ao osso.

8 perfumes masculinos que arrancam elogios (comprovados por elas)

8 perfumes masculinos que arrancam elogios (comprovados por elas)

Alguns perfumes não são escolhidos pela composição técnica — são lembrados pelos efeitos colaterais. Um elogio no elevador, uma aproximação espontânea, um “nossa, que cheiro bom” que parece inocente, mas fica. Há fragrâncias que atravessam o simples “gostar” e entram no território da atração sutil, onde o olfato vira atalho para o desejo. Quando isso acontece, não é apenas o perfume que conquista. É quem o usa — e como permanece no ar depois que vai embora.

O drama francês que emocionou Cannes chega ao Brasil e está partindo corações em silêncio Divulgação / Gaumont

O drama francês que emocionou Cannes chega ao Brasil e está partindo corações em silêncio

Ambientado no pós-guerra francês, “É Tempo de Amar” explora os abismos entre desejo e convenção a partir da união de uma mãe solteira marcada pela vergonha e um jovem intelectual dividido entre o afeto e a repressão. Com imagens que oscilam entre o lirismo e o desconforto, Katell Quillévéré conduz um drama íntimo e pungente sobre as camadas de silêncio, culpa e sobrevivência que sustentam o que se chama de amor.

Como ler uma cicatriz? — 4 narrativas sobre dor, cura e recomeço

Como ler uma cicatriz? — 4 narrativas sobre dor, cura e recomeço

Nem toda ferida cicatriza. Algumas se tornam linguagem. Outras, sombra. Há quem carregue o próprio trauma como escudo, há quem o oculte com cerimônia, mas poucos conseguem traduzi-lo com honestidade. Essas quatro narrativas não buscam heroísmo nem cura em linha reta — expõem o que arde, o que desestrutura, o que fica mesmo depois do fim. São histórias de dor sem maquiagem, escritas como quem sangra devagar. Leem-se como confissão, mas ecoam como oração. Porque às vezes sobreviver é uma forma íntima — e indizível — de literatura.