Um dos filmes de ação mais caros e inovadores dos últimos anos está na Netflix Divulgação / Universal Pictures

Um dos filmes de ação mais caros e inovadores dos últimos anos está na Netflix

“Círculo de Fogo: A Revolta”, é um filme de 2018, sequência de “Círculo de Fogo”, de 2013. Diferente do longa inicial da franquia, este não foi dirigido por Guillermo del Toro, que estava ocupado à frente de “A Forma da Água” à época, que acabou levando o Oscar de melhor filme para casa no ano seguinte. A batuta acabou nas mãos de Steven S. DeKnight, que modificou diversas das ideias iniciais de del Toro para a franquia.

A história se passa 10 anos depois dos eventos de “Círculo de Fogo”. Desta vez, os protagonistas são Jake Pentecost (John Boyega) e Nate Lambert (Scott Eastwood). Jake é filho de Stacker, herói do primeiro filme, e vive à sombra do legado de seu pai. Sofrendo de síndrome do impostor, ele acredita que não é capaz de realizar um trabalho à altura do que esperam dele. No entanto, quando novos Kaijus surgem para ameaçar a humanidade, ele se junta à irmã adotiva, Mako (Rinko Kikuchi), Nate e um grupo de jovens pilotos Jaeger para neutralizar os inimigos.

Como o filme gira em torno de batalhas épicas de robôs gigantes em um futuro distópico, os efeitos especiais foram essenciais para proporcionar uma experiência realista e emocionante para o público. Com uma robusta tecnologia, o filme utiliza CGI avançado para criar os Jaegers e os Kaijus, elaborando-os com o máximo de detalhes em suas armaduras e conferindo-lhes movimentos complexos.

Mas não apenas os robôs são feitos por computador. Cenários e até cidades inteiras foram criados virtualmente para poder oferecer cenas de ação impactantes. Pela complexidade dos efeitos, mais de 20 empresas trabalharam juntas para criar o resultado que vemos nas telas. Além disso, cada Jaeger tem uma estética específica, mostrando o preciosismo na hora de fazer o filme. Também, com ajuda do caprichado design de som, as coisas puderam ficar ainda mais intensas.

Com referências de monstros japoneses, o filme também se inspira em clássicos do cinema, como “Godzilla” e Evangelion” e tem um visual grandioso e apocalíptico. Com um orçamento de 150 milhões de dólares, a produção teve um faturamento bruto mundial de 290 milhões, se saindo bem nas bilheterias e recebendo críticas mistas.

Os investimentos da Universal Pictures para este filme, além da produção e pós-produção milionária, também incluíram cenários similares aos do filme para receber jornalistas para as entrevistas com o diretor e o elenco. Ainda vale reforçar que este foi o longa-metragem de estreia de DeKnight, que até o momento só dirigiu séries, entre elas “Smallville” e “Demolidor”. Durantes as entrevistas para a promoção de “Círculo de Fogo: A Revolta”, o cineasta contou que sentiu o peso da responsabilidade de pegar uma sequência criada por seu ídolo, del Toro, e que pensaria duas vezes antes de aceitar novamente um emprego em uma produção tão grande.

Del Toro já havia escrito um roteiro para este filme, mas como muitas coisas mudaram desde que ele desistiu de dirigí-lo para assumir “A Forma da Água”, DeKnight teve que praticamente reescrever toda a história, especialmente depois que Charlie Hunnan teve que abandonar o projeto para atuar em “Papillon”.

DeKnight contou que conversou bastante com del Toro, que disse que ele deveria fazer seu próprio “Círculo de Fogo” sem tentar imitá-lo. O novato, por sua vez, conseguiu manter o estilo e a grandiosidade da obra, dando ao público uma sequência digna.


Filme: Círculo de Fogo: A Revolta
Ano: 2018
Direção: Steven S. DeKnight
Gênero: Ação / Ficção-Científica
Nota: 7/10