Últimos dias para assistir na Netflix a um dos filmes mais surpreendentes do cinema na última década Aimee Spinks / British Film Institute

Últimos dias para assistir na Netflix a um dos filmes mais surpreendentes do cinema na última década

“Melanie — A Última Esperança” é um filme de 2016, de direção de Colm McCarthy e roteiro de Mike Carey. Ele narra um futuro distópico, em que a humanidade é severamente dizimada por um fungo que transforma as pessoas em comedoras famintas de cérebros. Em uma base militar na Grã-Bretanha, uma cientista inescrupulosa, a doutora Caroline Caldwell (Glenn Close), faz testes em crianças híbridas para encontrar um antídoto. Os meninos e meninas estão contaminados com o fungo, mas ainda conseguem pensar e sentir.

Entre as cobaias está Melanie (Sennia Nanua), uma menina de 11 anos de idade, excepcional e inteligente, que consegue controlar seus instintos de uma maneira muito mais evoluída que os demais. Durante as aulas com a professora Helen Justineau (Gemma Arterton), elas criam um vínculo especial. Quando um ataque à base militar deixa o local exposto, Melanie, Justineau e Caldwell, com a ajuda do sargento Eddie Parks (Paddy Considine), têm que fugir em busca de um lugar seguro.

O caminho será bastante turbulento, sob as constantes ameaças de ataques dessas espécies de zumbis e com o medo que paira em torno do risco que Melanie representa para todos. Em meio a tudo isso, a única aliada da menina é Justineau, que pretende defender sua protegida a qualquer custo. Ao longo da jornada, Melanie descobre um pouco sobre suas origens, suas habilidades e capacidades e sobre a importância que têm, naquele momento, para criar uma vacina.

Apesar das semelhanças do enredo com o jogo de videogame “The Last Of Us”, a verdadeira inspiração para criar este universo foi a produção “Monstros”, de 2010, de Gareth Edwards. Antes de começar as filmagens de “Melanie — A Última Esperança”, Colm McCarthy conversou com Edwards para pegar algumas dicas e trocar figurinhas.

Para McCarthy sua intenção ao adaptar essa história de Carey para as telas era proporcionar aos espectadores todas as emoções que são adoradas em filmes de terror, como medo, comédia e o grotesco e, ao mesmo tempo, fazer com que o público sentisse simpatia e comoção em relação à protagonista, a pequena Melanie. Enquanto Carey criou o roteiro de sua premissa a pedido de McCarthy, ele também desenvolveu simultaneamente o livro.

As gravações duraram em torno de sete semanas e o orçamento desta produção girou em torno de 5 milhões e meio de dólares. Já a arrecadação ficou em cerca de 4 milhões. Apesar disso, a crítica recebeu o filme de forma favorável, com aprovação de 85% no Rotten Tomatoes e 7,1/10 no Metacritic.

Para compor as cenas de um mundo pós-apocalíptico, o diretor capturou imagens aéreas de Pripyat, uma cidade-fantasma vizinha de Chernobyl. Além de lá, foram rodadas cenas na estação rodoviária desativada e área comercial adjacente em Hanley, em Staffordshire, na Inglaterra, e na base aérea real de Upper Heyford, em Oxfordshire.

Com cenas bastante contrastadas e tom esverdeado, o filme vence em misturar drama e terror em uma trama envolvente e que não força sustos no espectador. Tudo flui de maneira muito orgânica e espontânea.


Filme: Melanie — A Última Esperança
Direção: Colm McCarthy
Ano: 2016
Gênero: Terror/ Suspense / Drama
Nota: 7/10