Romance na Netflix vai derreter seu coração e esgotar seu estoque de lencinhos Divulgação / Netflix

Romance na Netflix vai derreter seu coração e esgotar seu estoque de lencinhos

“Como Pétalas que Caem” é um romance dirigido por Yoshihiro Fukanawa e adaptado para as telas por Tomoko Yoshida, baseado no romance homônimo de Keisuke Uyama. O filme é sobre uma história de amor fadada ao fracasso. Portanto, uma promessa sobre esse longa-metragem japonês é que você vai precisar de muitos lencinhos para enxugar as lágrimas, enquanto o enredo se desenvolve. A narrativa é dividida em duas partes, sendo a primeira bem leve e romântica e a segunda parte mais arrastada e dramática.

Harutoo (Kento Nakajima) é um aspirante a fotógrafo que trabalha em um karaokê, após desistir de um emprego difícil como assistente de um fotógrafo importante. O que o leva até Misaki (Honoka Matsumoto) é um cupom de desconto para cortar o cabelo. Ela é uma cabeleireira simpática e radiante, que atrai a atenção do melancólico Harutoo.

Logo, as visitas mensais ao salão se tornam uma das coisas que o rapaz mais gosta de fazer. Afinal, é quando ele pode ver Misaki. Apaixonado, ele a chama para sair. O pedido a deixa distraída e a faz cortar, acidentalmente, o lóbulo de Harutoo, que sangra copiosamente. Quando corta para a cena seguinte, ele está comicamente com a cabeça enrolada em uma enorme faixa, enquanto ela pede desculpas e aceita sair com ele como reparação por seu terrível erro.

No primeiro encontro, ele conta sobre experiência ruim no estúdio de fotografia e diz que desistiu do emprego. Ela dá uma bronca e insiste que ele precisa se esforçar mais para alcançar seu sonho de ser fotógrafo. Já Misaki revela que o que a atraiu para sua profissão foi o fato de não gostar de seus cabelos naturais. Para ela, é uma espécie de mágica poder deixar as pessoas felizes com sua aparência.

Em pouco tempo o romance entre eles cresce. Eles se veem com frequência, começam a namorar, fazem sexo e Harutoo até a pede em casamento. Tudo parece apressado, mas perfeito. Até que Misaki fica doente e Harutoo a visita. Mesmo a vendo sem maquiagem, acha que seu rosto é lindo. Quando ela começa a sentir dores insuportáveis, é levada ao médico por seu irmão. Após uma bateria de exames, Misaki descobre que tem uma doença raríssima e grave.

Ela é portadora de Síndrome de Huntchinson-Gilford, que a faz envelhecer cerca de 10 vezes mais rápido que uma pessoa normal. Isso quer dizer que, em apenas um ano, ela já estará bastante debilitada. Seu tempo de vida é limitado e os tratamentos não são muito eficazes. Ao invés de procurar Harutoo para lhe contar sobre seu estado de saúde, ela decide simplesmente desaparecer. Ele, claro, não se contenta com a falta de explicações e insiste em vê-la. Mas ela arma uma situação para que ele pense que ela voltou com um ex-namorado.

Então, começa uma outra etapa do filme que mostra o desenvolvimento dos personagens fora da relação amorosa. Harutoo cresce como fotógrafo e a doença de Misaki se torna cada vez mais visível e cruel. Embora o irmão dela seja bastante protetor e faça todo o possível para ajudá-la, não há muito como evitar o que está por vir. Misaki passa a viver se escondendo do mundo e odiando a forma como se vê no espelho. Quando Harutoo descobre sobre sua doença, faz visitas frequentes para conversar com ela, mesmo assim, Misaki não o deixa a ver.

Essa parte é mais amarga, triste e dramática. As coisas poderiam ter sido diferentes e o casal poderia ter aproveitado um pouco mais de tempo se Misaki tivesse sido honesta com Harutoo desde o princípio. Mas, filmes são assim. Eles pegam o caminho mais difícil. Aos espectadores, resta sofrer com a tensão e melancolia de um amor que jamais irá vingar. Claro, porque a protagonista não viverá o bastante. Uma história para lavar a alma da tristeza com as lágrimas, “Como Pétalas que Caem” vai esgotar o estoque de lencinhos da sua casa.


Filme: Como Pétalas que Caem
Direção: Yoshihiro Fukagawa
Ano: 2022
Gênero: Romance/Drama
Nota: 7/10