Todos os anos, o American Film Institute (AFI) seleciona as dez melhores produções do cinema americano. O instituto já anunciou os ganhadores do prêmio AFI Awards 2018, que é considerado o melhor termômetro para o Oscar. Os filmes selecionados foram classificados como obras inovadoras, que realçaram a rica herança cultural da América e inspiraram o público e outros artistas, além de marcarem positivamente a sociedade. Nessa lista, a Bula reuniu os filmes escolhidos pelo AFI. Além das dez produções americanas, o instituto concedeu um prêmio especial ao filme “Roma”, de Alfonso Cuarón, que também foi julgado como um trabalho de excelência.
Essa tragicomédia apresenta a história da última monarca da família britânica Stuart, a Rainha Anne, que reinou entre os anos de 1702 e 1707. Sarah Churchill, a Duquesa de Marlborough, era a confidente, conselheira política e amante secreta da rainha. Mas, a influência de Sarah será colocada à prova com a chegada de Abigail, sua prima pobre e distante, que veio buscar um posto no palácio. A nova criada se aproxima aos poucos e ganha a confiança da rainha. Agora, ela não medirá esforços para subir na vida.
O filme retrata a desconexão que a maioria dos jovens possui com as pessoas ao redor e o apego às redes sociais. Kayla é uma adolescente de 13 anos que está tentando enfrentar a última semana do ensino fundamental antes de ingressar em uma nova escola para cursar o ensino médio. Apesar dos vídeos de autoajuda que publica em seu canal do YouTube, ela é muito tímida e insegura. Ao longo da trama, Kayla tenta criar um personagem para si mesma até encontrar sua própria identidade.
O filme se baseia numa história real dos anos 1960, quando as leis de segregação racial ainda estavam em vigor nos Estados Unidos. Tony Lip, precisa de dinheiro após a falência de seu negócio. Ele conhece o celebrado pianista negro, Don Shirley, e começa a trabalhar como seu motorista e segurança durante uma turnê. Os dois são muito diferentes e Tony é um bocado racista. Sendo assim, a viagem tem tudo para dar errado, mas, aos poucos, eles vão se abrindo um para o outro.
O filme apresenta a história real de Ron Stallworth, um dos poucos policiais negros nos Estados Unidos na década de 70. Em 1978, ele desenvolveu um plano para se infiltrar na Ku Klux Klan local. Ele se comunicava com os membros do grupo por meio de cartas e telefonemas e, quando precisava estar presente, enviava seu colega de trabalho branco, Flip Zimmerman. Após meses de investigação, Ron se tornou o líder da seita e conseguiu sabotar diversos crimes de ódio planejados pelos racistas.
O filme acompanha a história do príncipe T’challa, que, após a morte do pai, precisa assumir o reino de Wakanda, a nação africana mais tecnologicamente avançada do mundo. Uma grande quantidade de Vibranium, metal pertencente a Wakanda, foi roubada no passado e T’challa vai atrás do ladrão, Ulysses Klaue. Para isso, ele conta com a ajuda de Okoye, chefe da guarda; sua irmã Shuri, que coordena a área tecnológica do reino; e Nakia, a sua grande paixão.
Jackson Maine é um cantor country no auge da fama. Um dia, após um de seus shows, ele para em um bar, onde a jovem cantora Ally está se apresentando. Jackson se encanta pelo talento da Ally e decide ajudá-la a alcançar o estrelato. Os dois iniciam um relacionamento amoroso e, enquanto a carreira de Ally está em ascensão, Jackson cai no esquecimento devido aos seus problemas com álcool e outras drogas. Os momentos opostos vividos pelos dois acabam prejudicando a vida amorosa do casal.
Tolher é um ex-capelão militar e pastor de uma igreja de Nova York. Devastado pelo fim de seu casamento e pela perda do filho, que ele próprio incentivou a alistar-se nas forças armadas, Tolher enfrenta um forte conflito existencial e espiritual. Sua fé se abala ainda mais com a chegada do casal Maria e Michael, um ambientalista radical. A jovem está grávida, mas seu companheiro não deseja ter a criança, pois acredita que o mundo será destruído pela igreja e pelas grandes empresas.
Nesse filme, Emily Blunt interpreta Mary Poppins, a personagem icônica que deu o Oscar de Melhor Atriz à atriz Julie Andrews, em 1965. Numa Londres abalada pela Grande Depressão, a babá mágica e seu amigo fiel Jack descem novamente dos céus para ajudar Michael e Jane Banks, que já estão adultos. Após perder a esposa, Michael cria os três filhos pequenos com a ajuda da irmã. Os dois passam por muitas dificuldades e as crianças estão tristes pela ausência da mãe. Por isso, a presença de Mary Poppins se fez necessária.
Essa é a nova aposta do diretor Barry Jenkins, o mesmo que dirigiu “Moonlight”, ganhador do Oscar de Melhor Filme em 2017. Baseado em um romance do escritor James Baldwin, o filme acompanha a história do casal Tish e Fonny. Prestes a se casarem, eles são separados quando Fonny é acusado injustamente pelo crime de estupro. Enquanto ele está preso, Tish descobre que está grávida e tenta juntar o maior número de evidências para provar a inocência do namorado.
A família Abott vive em uma fazenda, em um mundo aparentemente devastado por criaturas fantasmagóricas que se guiam exclusivamente pelo som. Para se protegerem, eles seguem uma lei do silêncio, usando apenas sussurros e linguagem de sinais. Eles sabem que todo cuidado é pouco e qualquer ruído pode levar à morte. A matriarca da família, Evelyn, está grávida e precisa encontrar uma maneira segura de dar à luz.
Mesmo que não seja uma produção totalmente americana, o longa Roma recebeu uma premiação especial do American Film Institute, por ser considerada uma produção de excelência, além dos critérios estabelecidos pelo instituto. O filme conta a história Cleo, uma jovem que trabalha como babá e doméstica de uma família de classe média, moradora do bairro Roma, na Cidade do México. Em um ano, muitos acontecimentos irão abalar a rotina de Cleo e seus patrões.