As comédias românticas equilibram leveza e conseguem arrancar risadas mesmo falando sobre vulnerabilidades universais. Lembrar que o amor em seus formatos mais improváveis é um fio condutor da vida dá muito certo. Nos últimos cinco anos, o cinema mudou a fórmula das comédias românticas e hoje buscam retratar os encontros, desencontros e transformações de forma que vale melhor às novas gerações. As histórias contemporâneas vieram para trazer frescor ao gênero, se reinventando sem perder a essência.
A Revista Bula reuniu filmes do Prime Video que exploram o humor romântico de maneiras variadas: alguns apostam em situações absurdas e irreverentes, outros mergulham no drama existencial de relacionamentos modernos e há ainda aqueles que flertam com elementos de fantasia ou terror, criando híbridos criativos que fogem ao esperado. Mas todos compartilha a capacidade de traduzir emoções humanas de formas autêntica.

Elliott, uma jovem livre e sem grandes planos para o futuro, decide experimentar cogumelos alucinógenos em uma viagem aparentemente inofensiva. O que começa como uma experiência psicodélica ganha contornos inesperados quando ela se encontra frente a frente com sua versão de 39 anos, que surge trazendo advertências diretas sobre escolhas e consequências que ainda estão por vir. Entre o choque e a descrença, Elliott precisa encarar a possibilidade de que sua vida, sua família e suas relações amorosas podem seguir caminhos bem diferentes do que ela imagina. A convivência com esse “eu mais velho” a obriga a repensar sua ideia de liberdade, amadurecimento e responsabilidade, revelando que o futuro não é apenas uma linha inevitável, mas algo que pode ser moldado pelas decisões tomadas no presente.

Uma adolescente solitária e fascinada por tudo que é excêntrico encontra em um cemitério o ponto de virada de sua vida: um acidente sobrenatural traz de volta à vida um jovem morto há séculos. Entre sustos, confusões e situações grotescamente cômicas, ela decide moldar o rapaz ressuscitado ao seu gosto, transformando-o em uma versão excêntrica de príncipe encantado. Mas o que começa como um experimento divertido logo revela dilemas profundos sobre aceitação, autoestima e a dificuldade de se sentir pertencente. O romance improvável, embalado por humor negro e estética pop, mostra que até amores mais “monstruosos” podem iluminar a solidão adolescente.

Uma jovem à beira da falência é contratada por um casal desesperado para fazer o filho adolescente deles “ganhar experiência” antes da faculdade. Cínica e acostumada a resolver tudo de forma rápida e prática, ela vê na proposta a chance de resolver seus problemas financeiros. Mas a convivência com o garoto, tímido e alheio às pressões sociais, transforma-se em um choque de mundos: ela tentando despertar nele confiança e desejo de se abrir ao mundo; ele, revelando nela fragilidades que ela preferia ignorar. Entre encontros desastrosos, constrangimentos e descobertas inesperadas, a relação que começa como um acordo improvável cresce para algo mais humano e revelador.

Dois jovens que se conheceram em um encontro desastroso acabam se reencontrando anos depois em um casamento luxuoso na Austrália. Entre brigas, provocações e disputas constantes, eles se veem obrigados a fingir que são um casal apaixonado para escapar de fofocas e situações embaraçosas. O jogo da encenação, no entanto, começa a despertar sentimentos inesperados, colocando em xeque a raiva e a atração que sempre marcaram a relação. Entre paisagens paradisíacas, danças improvisadas e diálogos recheados de sarcasmo, os dois percebem que a linha entre a mentira e a verdade pode ser mais tênue do que imaginavam.

Uma jovem em busca de identidade atravessa sua juventude dividida entre amores, carreiras e escolhas pessoais. Inteligente, inquieta e incapaz de se fixar em um caminho, ela se envolve em relações que revelam tanto seu encanto quanto sua instabilidade. Entre encontros apaixonados e separações dolorosas, a personagem experimenta intensamente a sensação de estar perdida no mundo, mas também de desejar encontrar um sentido em meio ao caos. Ao longo de alguns anos, acompanhamos suas decisões impulsivas e seus instantes de ternura, em uma narrativa que mistura humor, melancolia e reflexões sobre a passagem do tempo.