7 hidratantes corporais tão cheirosos que dispensam perfume

7 hidratantes corporais tão cheirosos que dispensam perfume

O corpo, às vezes, precisa mais de permanência do que de adorno. Há manhãs em que não é o batom que oferece presença, mas o aroma sutil que paira, que chega antes da palavra, que permanece mesmo depois do toque. A pele, quando bem tocada, transforma-se em território. E certos cremes não apenas hidratam esse espaço sensível. Eles habitam. Eles são, de algum modo, a própria linguagem do corpo.

Há um gesto silencioso na escolha de um hidratante que deixa rastro. Não o rastro escancarado, insistente, que atravessa a sala, mas aquele que pede aproximação. Que convida, sem esforço, ao estar perto. Alguns cheiros nascem para isso. Um deles tem a limpidez da brisa matinal e o conforto de um abraço sem data. Outro é pura flor em maturação. Forte, mas contida. Altiva. Há um que lembra o som abafado de passos num tapete grosso, numa casa que acolhe e guarda. E há o que evapora como quem dança entre as folhas, deixando no ar um vestígio que não se sabe de onde veio, mas que se quer seguir.

Outros preferem o caminho da intensidade. Entram com calor, com fruta, com doçura quase insolente. Não pedem permissão. Mas também não pedem desculpas. São presença que se veste de desejo. Há os que embalam o corpo em amêndoas frescas, como se a infância tivesse voltado em forma de banho quente. E ainda os que lembram que o cuidado também é um modo de existir. E de resistir.

Esses cremes não foram feitos para ser complemento. São inteiros. Um perfume pode vir depois, mas nunca é necessário. O cheiro que permanece é o que se inscreve na pele com afeto, com paciência, com alguma poesia. Ele não precisa ser percebido por todos. Basta que alguém se aproxime o suficiente. E hesite. E sinta. Porque há fragrâncias que dizem mais do que palavras. E há corpos que escolhem dizer menos. Mas dizer melhor.