Pio Vargas

O poeta elogiado por Leminski que a cocaína matou aos 26 anos

O poeta elogiado por Leminski que a cocaína matou aos 26 anos

Poeta goiano morto aos 26 anos por overdose de cocaína, Pio Vargas deixou uma obra breve em páginas e persistente na memória de amigos e leitores. Entre bares de Goiânia, repartições públicas, selos artesanais e os elogios de Paulo Leminski, sua trajetória condensa experiência de linguagem, contracultura e um tempo histórico em mutação. Às vésperas de se completarem 35 anos de sua morte, seus livros ainda passam de mão em mão, sustentados pela sensação de que ali se concentrou, em pouco tempo, uma vida inteira em estado de urgência.

Pio Vargas: modernidade e tradição

Pio Vargas: modernidade e tradição

A poesia de Pio Vargas é uma expressão genuína daquilo que Charles Baudelaire introduziu no ocidente: a temática, o modus operandi da construção poética da modernidade. O questionamento a respeito do comportamento do homem em um mundo no qual os valores são flutuantes, as realidades e convicções permanentemente mutantes, colocam-nos diante de um fazer poético que aparece mais como uma fotografia do que como uma pintura.