Dostoiévski e Virginia Woolf não existiam para Javier Marías, o escritor madrilenho que deixou uma obra ímpar
Javier Marías, morreu em setembro de 2022, aos 70 anos, foi tratado no Brasil como se deve lidar com um grande escritor: publicando suas obras mais importantes. A Companhia das Letras editou vários de seus romances, com traduções precisas de Eduardo Brandão, que, dotado de uma perícia estupenda, captou o ritmo, a musicalidade da frase longa do escritor, tradutor e crítico espanhol. Falta lançar seus ensaios de crítica literária a respeito de vários escritores, como William Faulkner e Vladimir Nabokov, dois de seus pares preferidos. Escreveu também livros sobre cinema e futebol.