O amor realista é aquele que não se esconde atrás de véus de perfeição, mas se revela nas imperfeições do cotidiano. É o amor que enfrenta as adversidades, que cresce com os desafios e que se fortalece com o tempo. É o amor que se encontra nas páginas de livros que não têm medo de mostrar a verdade, por mais dura que ela seja. É o amor que nos faz refletir sobre nossas próprias relações e que nos ensina que, apesar de tudo, vale a pena amar.
O romance revisita “As Aventuras de Huckleberry Finn”, de Mark Twain, não com reverência — mas com lâmina. Não para amputar, mas para expor. O narrador agora é Jim, o homem escravizado que, na obra original, era apenas companheiro de travessia — uma figura marginal, funcional, quase caricata. Aqui, ele ganha corpo, memória, intelecto, ironia — e sobretudo, voz. Mas não uma voz unívoca ou redentora: a que emerge destas páginas é tensa, inquieta, por vezes contraditória, sempre consciente de sua posição precária no mundo.
Antes da doutrina, do divã e das disputas sobre o inconsciente, Freud foi apenas um leitor. Um jovem vienense entre livros, mergulhado nas angústias filosóficas, nos delírios poéticos, nas ideias que antecedem qualquer teoria. Antes de nomear traumas, ele os leu em tragédias. Antes de estudar desejos, os viu em pactos com o diabo, monólogos hesitantes, silêncios familiares. Ler o que Freud leu é enxergar suas ideias não como invenções súbitas, mas como chamas acesas por outras mãos — algumas literárias, outras profundamente metafísicas.
A América Latina, com sua história entrelaçada de lutas e silêncios, guarda cicatrizes profundas deixadas por regimes autoritários. A literatura, nesse contexto, ergue-se como testemunha e resistência, oferecendo narrativas que desvelam os bastidores sombrios das ditaduras militares. Ao mergulhar nessas obras, somos convidados a revisitar memórias coletivas, compreender as complexidades do poder e reconhecer as vozes que, mesmo abafadas, insistem em ser ouvidas.
Tom Hanks não é apenas um dos atores mais queridos de Hollywood; ele também é um leitor voraz com um gosto literário refinado. Entre uma filmagem e outra, Hanks mergulha em páginas que oferecem reflexões profundas sobre a condição humana. Seus livros favoritos revelam uma predileção por narrativas que exploram as complexidades da vida, da moralidade e da história. Nessa seleção, a Revista Bula destaca três obras recomendadas por Hanks que prometem enriquecer sua perspectiva sobre o mundo.