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Cristovão Tezza diante do silêncio: uma literatura à altura do Nobel

Cristovão Tezza diante do silêncio: uma literatura à altura do Nobel

Um pai, um filho, e a ausência de Deus. Cristovão Tezza constrói uma narrativa crua e dolorosamente lúcida sobre o nascimento de uma criança com síndrome de Down — e a transformação silenciosa de um homem diante do acaso. Sem mitos, sem consolo, sem redenção. Apenas a lenta e digna aceitação do absurdo, como em Camus, como em Borges. O que nasce ali não é só um filho: é a consciência. Um romance que confirma Tezza como um dos poucos autores brasileiros à altura do Nobel.

Como usar a inteligência artificial a seu favor

Como usar a inteligência artificial a seu favor

O problema é que, às vezes, algo muito doido acontece: as inteligências artificiais alucinam e acabam atrapalhando. Alucinar é o termo usado para dizer que a inteligência artificial inventou informações — o que ainda acontece bastante. O problema é que a inteligência artificial alucina, mas quem é taxado de maluco e mandado embora é o cara que a usou para o seu trabalho.

Centenário de Rubem Fonseca

Centenário de Rubem Fonseca

Há escritores que se impõem pelo estilo da escrita. Outros são reconhecidos pela contundência do mundo que expõem. Rubem Fonseca pertence às duas categorias, e talvez a mais uma terceira: a dos autores que, mais do que testemunhar a transformação de seu tempo, moldam suas imagens e contradições. No centenário de seu nascimento, o lugar que ocupa na literatura brasileira continua envolto por tensões.

Faça o amor grande de novo

Faça o amor grande de novo

Há encontros que não prometem nada, mas entregam tudo: um pouco de silêncio, uma lasca de compaixão, a memória de um tempo em que conversar ainda era gesto íntimo. Na lanchonete esquecida por Deus e pela prefeitura, um ginecologista cansado e um velho bancário soropositivo trocam banalidades — e verdades duras. Entre esfirras, retrovirais e mocotós alheios, a crônica revela o que ainda resta quando a cidade apodrece: escuta, humor, alguma ternura e o estranho consolo de saber que, por um instante, alguém viu.

12 maiores escritoras brasileiras de hoje, eleitas pelos leitores

12 maiores escritoras brasileiras de hoje, eleitas pelos leitores

Nos últimos vinte anos, enquanto o país oscilava entre crises e reinvenções, uma nova paisagem literária se formava. Autoras que não apenas publicavam: deslocavam, tensionavam, redimensionavam o modo de narrar o Brasil. Não se trata de juventude biográfica, mas de gesto literário — uma escrita que vem das margens, do íntimo, da experiência e da escuta. Para identificar quais dessas vozes marcaram com mais força o imaginário dos leitores, a Revista Bula realizou uma enquete com 237 participantes — leitores frequentes e assinantes de sua newsletter — de quinze estados brasileiros.