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Falas curtas, de Anne Carson — pequenos contos que dizem mais do que romances inteiros

Falas curtas, de Anne Carson — pequenos contos que dizem mais do que romances inteiros

Textos curtos não são textos menores. Quando bem escritos, condensam tensão, estética e pensamento em espaços mínimos — e inesquecíveis. Há quem chame de microconto, outros de lampejo narrativo, mas o que importa é a capacidade de gerar impacto com poucas palavras. Um gesto. Uma ruptura. Um silêncio que ecoa mais do que um grito. Literatura assim não se mede em parágrafos, mas em reverberação. Quando um texto ocupa apenas uma linha e mesmo assim deixa você suspenso — isso não é pouco. Isso é o bastante.

E se personagens literários usassem o Tinder? Perfis, matches e flertes de 50 clássicos da ficção

E se personagens literários usassem o Tinder? Perfis, matches e flertes de 50 clássicos da ficção

Eles sempre estiveram à mercê do destino — ora trágico, ora redentor — mas, e se por um instante, seus criadores lhes concedem a liberdade de deslizar perfis, julgar pelo retrato, fantasiar correspondências improváveis? Imagine Capitu escolhendo entre Dorian Gray e Raskólnikov, Heathcliff duelando por um match com Emma Bovary, Anna Kariênina desconfiando do perfil de Gatsby. Um teatro de intenções, carências, ironias. Aqui, o amor e o jogo se misturam: cinquenta personagens clássicos, entregues ao acaso digital, expostos ao risco de serem apenas mais um swipe.

O livro brasileiro superestimado (e infantilizado) que virou crime dizer que é ruim

O livro brasileiro superestimado (e infantilizado) que virou crime dizer que é ruim

Elevado à condição de símbolo emocional de uma geração, “Tudo é Rio”, de Carla Madeira, tornou-se um romance quase intocável — um objeto de fé coletiva mais do que uma obra literária passível de crítica. Mas por trás da aura lírica e do culto à dor redentora, há um romance limitado, onde a intensidade se confunde com histeria, e o perdão com pressa. Uma escrita de efeitos fáceis, que estetiza o trauma e infantiliza a linguagem da dor. É hora de perguntar: por que tanto silêncio diante do que, talvez, não seja beleza — mas apenas ruído bem editado?

Os 10 melhores poemas de Adélia Prado

Os 10 melhores poemas de Adélia Prado

Ninguém escreve como Adélia Prado. Seus versos não pedem licença — atravessam. Falando de amor, de Deus, da carne ou de louça quebrada, ela torna o ordinário uma epifania e transforma o feminino em realeza descalça. Há um dom raro em sua poesia: uma leveza que corta. Uma alegria que não ignora a tristeza. Uma fé que não é cega — é encarnada. Esta seleção mergulha nos poemas que melhor capturam sua arte sem armadura, sua inteligência sensível, sua linguagem que respira, tropeça e nos devolve humanos.

As sete big bilionárias

As sete big bilionárias

Esse texto que você está lendo agora, por exemplo, foi escrito no Word da Microsoft, vai ser divulgado pelo Facebook da Meta ou pelo Instagram, que é da Meta também, ou pelo Twitter, que é do Elon Musk. Certamente será lido em algum celular, que no meu caso é da Apple, mas poderia ser da Sansung, que usa o Android da Google. Para escrever eu tive que consultar o Google para descobrir que a sétima empresa era a Nvidia, que por sinal deve ter algum chip envolvido nessa parada.