Até pouco tempo, eu me via como humorista e escritor, mas parece que esses rótulos ficaram obsoletos. Hoje, somos todos chamados de “criadores de conteúdo”, um termo que me intriga e confunde. O que exatamente estamos criando? Será que, ao encher a internet com nossos textos, vídeos e imagens, não estamos apenas soprando ar em uma grande bola digital? E, afinal, como competir com as calhambotas fofas que dominam o engajamento nas redes sociais?
No thriller psicológico “O Aviso” (2018), dirigido por Daniel Calparsoro, acompanhamos Jon, um ex-gênio da matemática cuja mente começa a desmoronar após uma série de coincidências trágicas. Enquanto luta para desvendar um mistério que entrelaça passado, presente e futuro, Jon enfrenta sua própria sanidade deteriorante. O filme explora os limites entre razão e obsessão, conduzindo o espectador por uma narrativa densa e repleta de reviravoltas inesperadas, onde cada detalhe pode ser crucial.
Sofia Coppola nos presenteia com “Somewhere”, um filme que provoca uma reflexão sutil: o público o apreciará por sua concepção e execução cuidadosas ou pela simples curiosidade de espiar a vida de uma elite privilegiada? Este dilema reflete a dualidade da obra, que transita entre o fascínio pelo glamour de Hollywood e uma crítica à superficialidade desse mundo. Coppola desafia as convenções do cinema, ignorando as regras tradicionais para criar uma experiência que é ao mesmo tempo minimalista e ousadamente experimental.
Chris Pratt percorreu um caminho notável desde seus dias como o carismático e desajeitado Andy Dwyer em “Parks and Recreation”, onde seu alter ego, o agente secreto Burt Macklin, era mais uma piada do que uma profissão séria. De lá para cá, Pratt se firmou como protagonista em diversas produções de grande impacto, como “A Guerra do Amanhã”, um thriller de ficção científica dirigido por Chris McKay, que transita da animação para o cinema de ação em grande escala.
Em meio aos turbulentos anos de 1971, durante os conflitos étnico-religiosos na Irlanda do Norte, um jovem soldado britânico se vê perdido nas ruas de Belfast após uma operação militar dar terrivelmente errado. “71 — Esquecido em Belfast” explora a brutalidade de um conflito sem fronteiras definidas, onde a sobrevivência depende de astúcia e sorte. O diretor Yann Demange entrega uma narrativa intensa, que captura o desespero e a confusão de uma guerra civil invisível e implacável.
