No caos exuberante e fascinante da Hollywood dos anos 1920, “Babilônia” explora os excessos e as transformações radicais que a indústria cinematográfica enfrentou com a transição do cinema mudo para o falado. A narrativa, conduzida por personagens carismáticos e ambiciosos, mergulha o público em uma jornada visual grandiosa e cheia de surpresas, onde a glória e a decadência caminham lado a lado, refletindo os desafios da fama e do progresso tecnológico.

Ultimamente, tramas como “Assalto Brutal”, ricas em detalhes às vezes não muito explícitos do estado paranoico que vigia na Polônia até o fim dos anos 1990, quando o regime comunista fez água, tem dominado a novíssima cena cultural polaca, o que pode ser apreendido sob duas perspectivas diametralmente opostas. Se por um lado parece se estar diante de uma orquestração artística para um possível acerto de contas de uma nação consigo mesma, por outro, o cansaço do tema pode colocar tudo a perder, afastando-se quem anseia justamente por uma lufada de renovação.

Minutos antes do desfecho em “Destinos à Deriva”, a protagonista Mia (interpretada por Anna Castillo) dirige-se à sua bebê com a seguinte afirmação: “Ninguém vai acreditar quando contarmos o que vivemos, mas nós saberemos”. Naquele ponto do filme, o futuro dela e da pequena Noa permanece envolto em incertezas. Perdidas em pleno oceano, o risco é constante, e o destino das duas pode mudar a qualquer instante.

Em um cenário nostálgico e delicado dos anos 60, um casal de jovens forasteiros decide desafiar o mundo à sua volta, fugindo das expectativas que lhes são impostas. Wes Anderson conduz essa jornada emocional e visual em um estilo inconfundível, onde a solidão e o desajuste guiam uma aventura marcada por trocas de cartas e desejos secretos. Com sua sensibilidade excêntrica, Anderson constrói um universo de ironias sutis e beleza melancólica.