O filme que todo mundo viu nos anos 80, esqueceu que existia, e agora está na Netflix
O que se via ali não era o futuro. Era uma lembrança disfarçada de promessa. Aquele tipo de ficção que não empurra para o depois, mas puxa para o antes. Uma cidade exausta, um helicóptero impaciente, um olhar treinado demais para ser apenas curiosidade. E o som, sempre o som, latejando por trás das paredes, atravessando portas, monitorando respirações. Havia, naquela paisagem granítica de concreto e paranoia, um espaço entre o que se via e o que se sabia. E ninguém parecia disposto a ocupar esse intervalo. A tela se abria, sim, mas era para dentro. E ninguém tinha a chave.