Em 1938, após o último poema, a poeta que mudou a poesia argentina se jogou no Atlântico, em Mar del Plata

Em 1938, após o último poema, a poeta que mudou a poesia argentina se jogou no Atlântico, em Mar del Plata

Ao sul dos Alpes, uma menina deixa Sala Capriasca, Suíça, e encontra no Rio da Prata o idioma do sustento. Cresce entre San Juan e Rosario, aprende a fabricar abrigo com pouco. O pai morre, o dinheiro mingua, ela aceita fábrica, escritório, giz. Aos dezenove, Buenos Aires a recebe: grávida, sozinha, turnos longos, pensão, o filho Alejandro nos braços. De dia, aulas e jornal; à noite, páginas. Em 1935, o diagnóstico, a cirurgia, a cicatriz. Três anos depois, Mar del Plata, vento frio, consulta, presságio. A madrugada saberá do resto.

Beccaria gritou em 1764. O Brasil não ouviu. E ainda não ouve

Beccaria gritou em 1764. O Brasil não ouviu. E ainda não ouve

Cesare Beccaria, filósofo e jurista italiano do século 18, tornou-se referência ao defender que penas devem ser necessárias, proporcionais e públicas. Em 1764, sua intervenção iluminou o debate ao subordinar o direito de punir ao pacto social e à utilidade comum, rejeitando tortura, arbitrariedade e espetáculos de crueldade. Para ele, leis claras e julgamento célere reduzem o crime mais que castigos severos. Sua influência alcançou reformas na Europa e nas Américas, inspirando constituições, códigos e garantias processuais que ainda hoje orientam o ideal de justiça penal racional, efetiva e humana.

40 anos do primeiro disco da Legião Urbana Maurício Valladares / Divulgação

40 anos do primeiro disco da Legião Urbana

A estreia da Legião Urbana em 1985 foi com um disco de capa branca, austera e emblemática. A obra representa um marco histórico de uma virada cultural no Brasil. O país tentava reaprender a respirar após duas décadas de sufocamento. Pois a ditadura militar, enfim, dava lugar à redemocratização, com o nascimento de novos atores sociais. Mas, como toda transição, essa também é ambígua, entre a euforia e a frustração, o desejo de futuro e a herança pesada de um passado recente.

3 filmes na Netflix que escondem símbolos e mensagens secretas em cada cena Divulgação / Netflix

3 filmes na Netflix que escondem símbolos e mensagens secretas em cada cena

O cinema sempre foi terreno fértil para quem enxerga além do óbvio. Entre diálogos cuidadosamente construídos e enquadramentos que parecem banais, há obras que convidam o espectador a uma segunda, e até terceira, camada de leitura. Nessas produções, cada detalhe de cenário, escolha de figurino ou iluminação não está ali por acaso: é parte de uma narrativa oculta, repleta de símbolos e pistas que transformam a experiência de assistir em um verdadeiro jogo intelectual.

Não confie em homens que fazem as sobrancelhas

Não confie em homens que fazem as sobrancelhas

Enquanto malhávamos a língua, fomos pegos de surpresa com o comentário ingênuo e impensado de um jovem personal que confessou padecer de complexo de inferioridade por considerar diminutas as dimensões do próprio pênis. Ultimamente, ele vinha economizando recursos para fazer um procedimento de aumento peniano numa clínica de saúde masculina que anunciava maravilhas da medicina de ponta — literalmente — num programa de debate esportivo na rádio.