O melhor filme que você vai assistir neste feriado (e ainda não sabe disso) Divulgação / Netflix

O melhor filme que você vai assistir neste feriado (e ainda não sabe disso)

Ney Matogrosso, figura que sempre escapou às categorias estanques da arte e da identidade, encontra neste filme um espelho à altura de sua complexidade: um espelho fragmentado, vibrante, íntimo e feroz. A história não se curva a convenções cronológicas nem se interessa por didatismos sentimentais; ela se lança, em espirais sensoriais, do coração da floresta atlântica ao delírio libertário dos palcos tropicais, da infância nebulosa ao ímpeto criativo que transcende décadas.

7 distopias que fazem 1984 parecer jardim de infância

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“1984” nos ensinou a temer a vigilância e os olhos do poder. Mas há obras que ultrapassam esse medo inicial — que penetram mais fundo, ali onde o totalitarismo não é mais uma ameaça externa, e sim uma fissura íntima, moral, impossível de delimitar. Neste mergulho curatorial, selecionamos sete distopias que não apenas confrontam o legado de Orwell, mas o ampliam, o torcem, o subvertem. São histórias onde a opressão é menos uma engrenagem e mais uma vertigem — mais dilacerante, mais humana, mais real.

7 livros para ler antes que o mundo acabe, a Terceira Guerra comece e a bomba caia

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Imagine que a sirene de ataque aéreo começou a tocar. As redes caíram, o Wi-Fi foi comido por satélites hostis e o pão acabou no mercado. Enquanto os vizinhos correm atrás de papel higiênico como se fossem lingotes de ouro, você, ser de visão elevada, abre calmamente um livro, afinal, se o fim é inevitável, melhor morrer com estilo. Nesta lista, não encontrará conforto, consolo ou autoajuda; encontrará algo muito mais nobre: literatura com lucidez suficiente para acompanhar o apocalipse de mãos dadas, sorrindo torto.

Roberto Bolaño foi transformado em messias literário por hype editorial

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Bolaño não morreu. Ou melhor, morreu, sim, claro, 2003, Barcelona, fígado em ruínas. Mas é como se não tivesse morrido. A cada dois ou três meses, ele ressurge — em coletâneas, inéditos escavados em pastas esquecidas, reedições com novas capas, novas traduções, novas prefácios assinados por jovens críticos ansiosos por sentar ao lado dele na eternidade. Nunca é suficiente. Bolaño virou voz de oráculo, farol de gerações, tatuagem de curso de letras. E o mais estranho: há algo verdadeiro ali. Mas também há um truque. E o truque não é invisível. É imenso, impresso em papel cuchê. E já dura tempo demais.