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O filme mais bonito de Steven Spielberg (e um dos mais deslumbrantes dos últimos anos) está no Prime Video Divulgação / UPI

O filme mais bonito de Steven Spielberg (e um dos mais deslumbrantes dos últimos anos) está no Prime Video

Talento, rebeldia, a tal busca pela felicidade, o desejo de fazer da vida algo extraordinário, tudo isso pulsa em “Os Fabelmans”, decerto um dos mais autorais dos filmes de Steven Spielberg, um dos diretores mais intimistas de Hollywood. Spielberg levou meio século para conseguir botar no papel suas impressões a respeito do ofício que o consagrou, e o faz de um jeito não menos que mágico, centrando a ação num casal judeu e seus dois filhos, cada qual dotado de virtudes e ânimo distintos, o que nunca degenera em tumulto, soberba ou rupturas.

Romance vencedor de 2 Oscars e que está na lista dos 100 melhores filmes da história, na Netflix Divulgação / Focus Features

Romance vencedor de 2 Oscars e que está na lista dos 100 melhores filmes da história, na Netflix

Dirigido pelo francês Michel Gondry e escrito pelo aclamado Charlie Kaufman, o filme transcende as convenções dos romances cinematográficos ao expor as profundezas da mente humana. A parceria entre Gondry e Kaufman resultou em uma narrativa que, embora se aproxime da fantasia, mantém-se visceralmente humana. A premissa? Um procedimento médico capaz de apagar memórias dolorosas, libertando seus pacientes do fardo de um amor perdido. No entanto, essa ideia, aparentemente libertadora, levanta questões inquietantes: o que resta de nós quando nossas lembranças mais profundas são arrancadas?  

Do mesmo diretor de Amores Brutos, drama ovacionado no Festival de Veneza chega à Netflix Divulgação / K&S Films

Do mesmo diretor de Amores Brutos, drama ovacionado no Festival de Veneza chega à Netflix

O trio de fracassados de “A Céu Aberto” tenta a última cartada em busca de reparação lançando-se pela fronteira entre os Estados Unidos e o México com um propósito tão arriscado quanto nobre, ainda que levado a um extremo criminoso. Lançado no TIFF, o Festival Internacional de Cinema de Toronto, no Canadá, “A Céu Aberto” tem pedigree. Os diretores Mariana e Santiago Arriaga replicam a obsessão de Guillermo Arriaga, roteirista de sucessos como “Babel” (2006) e “Amores Brutos” (2000), dirigidos por Alejandro González Iñárritu, e conhecido por esmerilhar o texto até chegar à palavra mais justa e a reação mais persuasiva.

Na lista dos 55 melhores filmes da história, obra-prima indicada a 158 prêmios e vencedora de 2 Oscars está na Netflix Divulgação / Columbia Pictures

Na lista dos 55 melhores filmes da história, obra-prima indicada a 158 prêmios e vencedora de 2 Oscars está na Netflix

Apesar de seu sucesso, “Django Livre” não escapou da controvérsia. Will Smith recusou o papel de Django, alegando discordâncias com a visão de Tarantino sobre a representação de escravos. Spike Lee também criticou a abordagem, considerando-a desrespeitosa. No entanto, o filme transcendeu as críticas, oferecendo uma narrativa que mistura justiça poética com reflexão histórica, ressoando como uma crítica social incisiva.

Obra-prima de Wim Wenders, é o filme mais bonito de 2024, disponível no Mubi Divulgação / Wenders Images

Obra-prima de Wim Wenders, é o filme mais bonito de 2024, disponível no Mubi

Kōji Yakusho permanece mudo ao longo dos quarenta minutos iniciais de “Dias Perfeitos”, o que não quer dizer que não esteja empenhado num dos melhores papéis do cinema. Não é de hoje que Wenders busca inspiração no que cineastas nipônicos têm de mais potente e genuíno, casos do Yasujiro Ozu (1903-1963) de “A Rotina Tem Seu Encanto” (1962) e do Akira Kurosawa (1910-1998) do agridoce “Um Domingo Maravilhoso” (1947), referências claras neste trabalho do diretor; contudo, ele não se limita às homenagens e imprime sua própria marca.