Autor: Revista Bula

Os 5 livros favoritos de Clarice Lispector — e que ela nunca deixou de reler

Os 5 livros favoritos de Clarice Lispector — e que ela nunca deixou de reler

Clarice Lispector nunca organizou uma lista oficial de livros preferidos, mas em entrevistas e conversas privadas mencionou obras às quais voltava com frequência quase obsessiva. Não eram títulos que decoravam estantes, mas que a provocavam. Livros que permaneciam vivos, indomados, desorganizando o que parecia seguro. Ela os relia por necessidade e por impulso, como quem procura um gesto que ainda não foi entendido. Se não há um cânone clariciano formal, há, no mínimo, um conjunto de vozes que a acompanhava — às vezes em silêncio, às vezes em confronto.

Por que ainda estamos colorindo livros em 2025?

Por que ainda estamos colorindo livros em 2025?

Em 2025, os livros de colorir ocupam prateleiras de produtos sérios. São vendidos como autocuidado, como forma de presença, como remédio para ansiedade. Estão ao lado de velas aromáticas e diários de gratidão. Tornaram-se parte de um vocabulário emocional padronizado, em que relaxar significa manter-se produtivo de uma forma silenciosa e, de preferência, fotogênica. Colorir virou uma prática legitimada. Mas também uma prática sintomática.

Ler para esquecer a fome: histórias de leitores em vulnerabilidade extrema

Ler para esquecer a fome: histórias de leitores em vulnerabilidade extrema

Na borda esquecida do Distrito Federal, onde o concreto esfarela e a fome não pede licença, um grupo de adolescentes encontra refúgio onde ninguém procuraria: nas páginas. Entre muros rachados e ruas sem nome, eles se reúnem para ler como quem respira de novo. Livros usados, palavras emprestadas, pedaços de histórias que servem de abrigo. O mundo ali não melhora, mas por algumas horas, dói menos. Leem para escapar. Leem para lembrar que são. Leem como quem segura um fio invisível no meio do apagão.

De Emily Dickinson a Cormac McCarthy: a seleção definitiva da literatura americana

De Emily Dickinson a Cormac McCarthy: a seleção definitiva da literatura americana

Onze escritores formam a Seleção Literária Americana definitiva. Uma escalação que não celebra uma tradição — mas a reinventa. São autores que transformaram forma em fratura, estilo em ética, linguagem em território de disputa. De Melville a Baldwin, de Dickinson a McCarthy, esta equipe traça o mapa da literatura americana em sua tensão mais alta. No comando, Walt Whitman. Não como técnico, mas como batimento inaugural. Esta não é uma lista. É uma arquitetura viva. Uma convocação estética. Uma escuta radical daquilo que o país nunca conseguiu dizer em voz plena.

Os 8 livros favoritos de todos os tempos de Stephen King

Os 8 livros favoritos de todos os tempos de Stephen King

Nesta seleção, Stephen King revela um repertório literário surpreendente, marcado menos pelo medo explícito e mais pela corrosão silenciosa. Ausentes os nomes clássicos do terror, o autor opta por narrativas em que a inquietação emerge das falhas morais, das instituições decadentes e da linguagem em colapso. O horror aqui não se impõe — infiltra-se. São obras que desconstroem o consolo narrativo e instauram uma tensão duradoura, desconfortável, ética. O resultado não é uma lista de predileções arbitrárias, mas um gesto de leitura comprometido com o incômodo. Nenhuma dessas histórias oferece alívio. Todas sustentam a permanência do abismo.