Autor: Helena Oliveira

Quer testar seu coração? Assista a esse filme na Netflix e tente não chorar Divulgação / Twentieth Century Fox

Quer testar seu coração? Assista a esse filme na Netflix e tente não chorar

Nenhum treinador de pilotos de corrida acorda pela manhã imaginando que seu legado será eternizado pelo olhar de um cachorro. Talvez por isso que “A Arte de Correr na Chuva” dispare, já na primeira cena, uma sensação que mistura vulnerabilidade e ternura: somos convidados a enxergar a vida humana a partir de quem nunca teve voz, mas sempre esteve ali, testemunhando, amando, temendo o abandono.

Ficção científica no Prime Video vai te fazer pensar duas vezes antes de mexer no celular Divulgação / Vodorod

Ficção científica no Prime Video vai te fazer pensar duas vezes antes de mexer no celular

Existe um gênero à parte dentro da ficção científica russa contemporânea: o blockbuster patriótico que se fantasia de crítica ao imperialismo alheio enquanto reforça, sem pudor, o seu próprio. “Incursão Alienígena”, de Fedor Bondarchuk, continuação direta de “Atração”, é o exemplo mais vistoso dessa tendência. Em sua superfície de titânio, ele é um espetáculo de explosões, naves monumentais e sequências militares que parecem ter sido coreografadas com a precisão de um desfile do Dia da Vitória.

Thriller viciante com Anthony Hopkins e Ryan Gosling, na Netflix, que você vai querer devorar Divulgação / Metropolitan FilmExport

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Alguns homens confundem genialidade com poder. Ted Crawford, por exemplo, acredita que inteligência é licença para brincar com a vida alheia, e o filme “Um Crime de Mestre” transforma esse tipo de desvio narcisista em espetáculo. O que começa como um crime à queima-roupa, cometido com a frieza calculada de quem desmonta uma máquina, logo se revela um duelo onde o ego dita as regras e a moral é mero adorno.

Prepare-se: chegou à Netflix o suspense mais elegante e perigoso do ano Divulgação / Nine Hours

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Um homem afunda quando insiste em acreditar que o destino lhe deve algo. Lord Doyle (Colin Farrell), esse aristocrata improvisado que vaga por Macau como quem tenta convencer o mundo e a si mesmo de que continua no jogo, é exatamente o tipo de personagem que Hollywood fingiu superar. Ainda assim, aqui está ele, filmado com um verniz estético encantador o suficiente para nos distrair do fato incômodo: Doyle não persegue o dinheiro, persegue a fantasia de que, a cada carta virada, a sua existência pode recuperar algum sentido.