Autor: Helena Oliveira

A obra de Stephen King que vendeu 50 milhões de cópias e se tornou filme perturbador na Netflix Nicole Rivelli / Netflix

A obra de Stephen King que vendeu 50 milhões de cópias e se tornou filme perturbador na Netflix

O diretor John Lee Hancock constrói o enredo com sutileza. Ao adaptar o conto de King, parte da coletânea “If It Bleeds” (2020), ele preserva o tom introspectivo e melancólico da obra original, enquanto explora camadas psicológicas que ressoam em sua adaptação. Diferentemente de adaptações mais convencionais, como “1922” (2017), “O Telefone do Sr. Harrigan” foge dos sustos explícitos para abraçar uma abordagem mais cerebral, que provoca inquietação de maneira discreta e eficaz.  

O filme de 1 bilhão de dólares: a obra-prima de Christopher Nolan, vencedora do Oscar, está no Prime Video Divulgação / Universal Pictures

O filme de 1 bilhão de dólares: a obra-prima de Christopher Nolan, vencedora do Oscar, está no Prime Video

“Oppenheimer” transcende o retrato biográfico tradicional ao mergulhar no complexo dilema moral de J. Robert Oppenheimer, o físico que revolucionou a ciência e a história ao liderar a criação da bomba atômica. Em três horas intensas, Christopher Nolan combina narrativa não linear, tensão crescente e escolhas estéticas ousadas para explorar as consequências devastadoras de um feito científico que alterou os rumos da humanidade para sempre.

Com diálogos geniais, filme indicado a 192 prêmios, incluindo 6 Oscars, está na Netflix Nico Tavernise / Netflix

Com diálogos geniais, filme indicado a 192 prêmios, incluindo 6 Oscars, está na Netflix

O roteiro, como é característico de Sorkin, destaca-se por diálogos envolventes e intricados, que desvendam camadas profundas dos personagens. Essas conversas, muitas vezes longas e carregadas de significado, vão além do naturalismo típico das interações cotidianas, o que permite que ideias complexas sejam exploradas de forma única. Em vez de buscar autenticidade literal, Sorkin utiliza a linguagem como ferramenta para dar voz a pensamentos e emoções que, no mundo real, frequentemente permanecem inarticulados. Seus personagens não apenas dialogam, mas confrontam, questionam e revelam as verdades subjacentes de seus dilemas.

O thriller desconfortável e perturbador de Taylor Sheridan que só os inteligentes vão gostar, na Netflix Divulgação / Wild Bunch Germany

O thriller desconfortável e perturbador de Taylor Sheridan que só os inteligentes vão gostar, na Netflix

No poema de Emily Lambert, filha de Cory, o experiente caçador de lobos de Lander, Wyoming, encontra-se uma imagem idealizada: um prado onde galhos dançam ao sabor do vento. A poesia, entretanto, contrasta brutalmente com a realidade enfrentada por Cory, vivido por Jeremy Renner em uma atuação marcante. A morte de Emily, anos antes, deixou marcas profundas, que ele tenta minimizar sem sucesso. Fingir que não sente sua ausência talvez seja um mecanismo de defesa, mas a dor latente é inescapável, como ele admite em um momento crucial da trama: filhos demandam atenção constante, e o peso dessa verdade alimenta a angústia que o persegue.

Leve e despretensiosa, nova comédia de Natal da Netflix é um abraço que aquece a alma e o coração Katrina Marcinowski / Netflix

Leve e despretensiosa, nova comédia de Natal da Netflix é um abraço que aquece a alma e o coração

“No Ritmo do Natal”, dirigido por Peter Sullivan, é uma comédia romântica que mistura magia natalina e recomeços emocionantes. Ashley, uma ex-dançarina determinada, tenta salvar o salão de espetáculos da família ao criar um show inusitado com elenco masculino. Entre encontros, desafios e o caos típico das festas de fim de ano, o filme explora a dualidade entre as esperanças do Natal e as frustrações que ele também pode trazer.