Autor: Helena Oliveira

TOP1 mundial da Max: a aventura de Tolkien está de volta e vai hipnotizar por 134 minutos! Divulgação / Warner Bros. Pictures

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Levar o universo de J.R.R. Tolkien para o cinema sempre foi um desafio que exige precisão e respeito à essência da obra original. “O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim” abraça essa responsabilidade, mas escolhe um caminho singular ao apresentar a narrativa em formato de animação. Essa decisão, por si só, marca uma ruptura em relação às grandiosas adaptações live-action de Peter Jackson, tanto estética quanto narrativamente. Sob a direção de Kenji Kamiyama, cuja trajetória está fortemente ligada ao anime, o longa incorpora um estilo visual que pode soar deslocado para os fãs que associam a Terra-média ao realismo grandioso das trilogias anteriores.

Não é preciso sair de casa: o melhor filme de ação francês do ano chegou discretamente à Netflix Laurent le Crabe / Netflix

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A linha que separa aqueles que impõem a lei dos que a transgridem dissolve-se na atmosfera sombria de “Bastion 36”, em que Olivier Marchal retorna ao universo da corrupção policial. Com um comandante rebaixado travando uma luta solitária contra ex-colegas transformados em criminosos, o filme resgata dilemas morais e mergulha em um noir carregado de tensão e brutalidade.

442 dias no TOP 10 mundial: o maior fenômeno da televisão dos últimos 5 anos está de volta à Max Fabio Lovino / HBO

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A estrutura narrativa adota um crescendo meticuloso, no qual o desconforto se acumula gradativamente até explodir em desfechos de impacto. O suspense, por vezes imperceptível, é manejado com precisão cirúrgica, garantindo que o espectador seja envolvido sem recorrer a artifícios óbvios. O fato de White assinar integralmente o roteiro confere uma unidade rara ao material, um contraponto ao excesso de interferências criativas que frequentemente diluem a identidade de outras produções televisivas.

Sátira social genial indicada a 3 Oscars está no TOP 10 mundial da Max Divulgação / Imperative Entertainment

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A história segue um casal de modelos, Carl (Harris Dickinson) e Yaya (Charlbi Dean, em seu último papel), que embarca em um cruzeiro de luxo repleto de figuras que encarnam o poder e a decadência. Entre os passageiros está um oligarca russo grotesco, enquanto o capitão do navio (Woody Harrelson) oscila entre a apatia e o deboche. No coração da trama, uma ceia de gala durante uma tempestade se transforma em um espétaculo de caos físico e simbólico, reminiscentes das sequências escatológicas de “A Comilança” e “O Sentido da Vida”. A cena escancara o grotesco da opulência e antecipa a inversão brutal de papéis sociais que virá depois.

Gene Hackman, John Cuzack e Rachel Weisz: thriller de tribunal inquietante e inteligente é aula de Direito na Netflix Divulgação / New Regency Productions

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A decisão de deslocar o foco da história original, que abordava a responsabilidade da indústria do tabaco, para um julgamento envolvendo fabricantes de armas de fogo, é mais do que uma escolha narrativa. Esse reposicionamento reflete uma mudança na urgência dos debates sociais nos Estados Unidos. Se nos anos 1990 a discussão sobre os malefícios do cigarro dominava o discurso público, no início dos anos 2000 o controle de armas já se tornara uma das questões mais polarizadoras do país. Essa alteração confere ao filme um caráter mais provocativo e um senso de atualidade que amplia seu potencial de engajamento.